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Pode ver o famoso presépio de Buarcos, com 40 anos de história, até fevereiro

A exposição foi inaugurada no dia de Natal, na capela de Santa Cruz, na igreja de São Pedro.
Reprodução do Facebook.

Os presépios são um dos elementos que fazem parte da decoração das casas portuguesas na altura do Natal. No entanto, há inúmeras figuras que saem às ruas em exposições especiais para celebrar este dia. Um desses exemplos é o presépio monumental da paróquia de Buarcos, na Figueira da Foz, que reúne mais de 150 figuras feitas por artistas portugueses. 

Há cerca de 40 anos, que todos os anos o presépio é montado na vila piscatória de Buarcos na Capela de Santa Cruz da Igreja de São Pedro. A construção exige tempo e a instalação de andaimes, para que as pessoas consigam andar por cima da obra, antes desta estar finalizada. Uma das particularidades deste presépio é o facto de incorporar pedras com mais de 500 anos e que, em tempos, pertenceram aos altares da primitiva Igreja de São Pedro.

“São bocados de colunas, voltas de pedra, ornamentos do século XVI, que fomos encontrando na reconstrução da igreja, tanto debaixo do chão, como dentro das paredes. Todas foram guardadas religiosamente e, na altura do Natal, integram o próprio presépio”, refere o padre Carlos Noronha.

Uma das particularidades deste presépio é o facto de ter um pequeno motor incorporado e muitas das figuras terem sido produzidas pela antiga fábrica de cerâmica de Coimbra e escola de escultura. Além das figuras tradicionais de Maria, José e do menino Jesus, acompanhados da vaca e do burro, pode encontrar cenários históricos, como o mercado judaico, cenas de pastorícia ou a matança dos inocentes, que resultou na morte de vários bebés a mando do rei Herodes. 

O presépio tem cerca de 150 figuras, que são guardadas uma a uma, num revestimento próprio em armários destinados para esse propósito. A construção foi crescendo com o tempo, sendo que há 40 anos era feita com recurso a caixas de fósforos, edifícios de madeira e papel colorido. Nessa altura, as cascatas eram animadas com motores retirados de máquinas de lavar roupa velhas.

A exposição estará patente até 2 de fevereiro, data que celebra a chegada de Jesus, com poucas semanas de vida, ao templo de Jerusalém. Por essa razão, esta é a data em que “verdadeiramente termina o Natal”. Essa tradição continua viva nas comunidades francesas, mas perdeu-se completamente em Portugal. No entanto, este dia é celebrado na Figueira da Foz na povoação da Serra da Boa Viagem, com a festa da Senhora das Candeias.

Já no centro de Figueira da Foz, a tradição segue com o cortejo dos Reis Magos, na noite de 5 de janeiro. A festa é composta por dois cortejos com seis Reis Magos no total, promovidos pelas sociedades filarmónicas Figueirense.

Carregue na galeria para conhecer algumas figuras do presépio.

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