A beleza das paisagens é, sem dúvida, o que mais fascina os visitantes quando descobrem o distrito de Coimbra. Entre cidades, vilas e aldeias, há sempre alguma história por contar ou uma curiosidade para desvendar.
Um dos locais escondidos e um pouco subvalorizados do País é a aldeia de Piódão, que até foi o spot escolhido para um misterioso livro policial. Fica apenas a uma hora do centro da cidade de Coimbra e promete encantar quem ainda não conhece a região. É famoso pelas paisagens instagramáveis e pelas tradicionais casas de xisto.
Atualmente, existem 27 aldeias de xisto: 12 ficam na Serra da Lousã, cinco na Serra do Açor, 6 ao longo do rio Zêzere e quatro junto ao Tejo-Ocreza. Muitas destas casas são centenárias e eram ocupadas por diversas gerações até aos tempos medievais. Nessa altura, foi-lhe dado o nome de Casal Piodam, que deu lugar, mais tarde, à aldeia de Piódão. Com a evolução das cidades, a desertificação tornou-se num grave problema, sendo que no século XX as pessoas decidiram trocar os campos pelas cidades.
Recentemente, o processo de reconstrução e reabilitação destas casas tem sido fundamental para devolver a vivacidade a estas aldeias. Piódão conta com apenas 120 habitantes, no entanto, isso não a impediu de ser classificada como imóvel de interesse público, em 1978. A maior parte do seu movimento atual deve-se aos turistas nacionais e estrangeiros.
O principal ponto de interesse é a praia fluvial de Foz d’Égua. Fica na Serra do Açor, mesmo ao lado da aldeia, a uma distância de apenas oito quilómetros. O local é conhecido pela beleza natural, enquadrada nas duas pontes existentes.
Nas proximidades há ainda dois moinhos de xisto, um lagar e alguns blocos de pedra pela ribeira — um verdadeiro paraíso grotesco. Mas atenção, a zona em torno da água é um pouco acidentada, uma vez que resulta da ligação das ribeiras.
Outro ponto de paragem obrigatória é o Museu de Piódão. As exposições presentes conjugam a história do local, as peças antigas até aos equipamentos aos modernos, intuitivos e interativos. A mostra é apresentada de forma cronológica e aborda diferentes temáticas, desde a etnográfica da aldeia e da serra do Açor, às atividades agrícolas e de pastorícia, como também a vida familiar e doméstica da aldeia. O bilhete custa 2€ por pessoa.
Apesar de ser uma aldeia pequena, há algumas capelas a visitar. Uma delas é a de São Pedro, caracterizada por traços simples. No seu interior, tem uma escultura de S. Pedro que remete para o século XVI.
Caso prefira uma opção diferente, pode passar pela Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição que, tal como o nome indica, foi idealizada em honra de Nossa Senhora da Conceição. O edifício foi construído no século XVII, com recurso ao dinheiro dos habitantes.
No entanto, já sofreu algumas obras, como a ampliação do espaço em finais do século XVIII, e ainda uma remodelação entre os anos de 1898 e 1900, já que estava em mau estado de conservação. A Igreja é composta por uma torre sineira e do coro alto, além dos retábulos setecentistas com imagens de Nossa Senhora da Conceição, São Miguel e S. Sebastião.
Se também precisar de um quarto para ficar, não se preocupe. A Casa da Padaria permite-lhe uma experiência ainda mais imersiva nesta comunidade, ao ficar instalado numa verdadeira casa de xisto. Possui um ambiente rústico e familiar, com quatro quartos disponíveis, todos com casa de banho privativa, aquecimento central e sala de jogos, o espaço perfeito para recarregar as energias.
Carregue na galeria para conhecer as maravilhas que o esperam em Piódão.