Em maio deste ano, foi divulgada a proposta de transformar o antigo dormitório da CP numa residência para estudantes. Nessa altura, foi assinado um despacho que aprovava o investimento de 890 mil euros, no âmbito no Plano de Recuperação e Resiliência. Este processo iria resultar em mais 25 camas e 12 casas de banho para os estudantes de Coimbra. Agora, a Câmara Municipal pretende alterar a localização da residência de estudantes.
A principal razão para esta mudança prende-se com o facto de a proposta entrar em conflito com o estudo urbanístico da autarquia Coimbra e o projeto de Joan Busquets, uma vez que “o dormitório não está previsto no desenho do arquiteto para a frente ribeirinha, no âmbito do Plano de Pormenor da futura estação intermodal de Coimbra”, explica o município.
Para essa zona estão pensados dois edifícios em U, em terrenos pertencentes à Infraestruturas de Portugal. Devido a este conflito entre projetos, a Câmara Municipal admite dialogar com o Ministério das Infraestruturas e Habitação para encontrar uma solução. Para não se perderem as verbas relativas ao Plano de Recuperação e Resiliência, encontra-se em aberto a mudança de localização da residência dos estudantes.
A vereadora Ana Bastos garante que há abertura do Governo para encontrar uma solução que não coloque em causa o estudo urbanístico. Por enquanto, Ana Bastos apresentou a proposta da conversão de um pavilhão das Infraestruturas de Portugal, que também está localizado nessa zona da cidade.
A atual residência de estudantes enquadra-se no programa de alojamento estudantil a custos acessíveis que, tal como o nome indica, prevê aumentar a oferta de alojamentos aos estudantes, em Coimbra, bem como ajudar a reduzir os custos diretos para as suas famílias. Para a ocupação destes quartos, os alunos deslocados e/ou bolseiros terão prioridade.
O projeto consiste na construção de novos edifícios, reconstrução e adaptação de antigas estruturas que passam a ser alojamentos, aquisição de novos elementos para esse efeito ou ainda a renovação de antigos edifícios e transformação em alojamentos. Até ao final de 2026, o programa prevê ter contribuído para a oferta de mais 26 mil camas, por todo o País, o que se traduz num investimento de mais 515 milhões de euros, sendo que cerca de 128 milhões de euros já foram executados.