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Festival etnográfico e de folclore de Coimbra está a chegar e espera “maior adesão”

Grupos académicos têm sido a alma do encontro. Nova edição traz vários registos musicais ligados à tradição coimbrã.
Ensaio da Orquestra Típica e Rancho para o programa.

Carlos Pinho ingressou no ensino superior em 2012, em Coimbra, no curso de Engenharia Informática. Começou por frequentar a Estudantina Universitária de Coimbra, mas acabou por se encantar, uns anos depois, pela Orquestra Típica e Rancho (abreviado para Típica). Dez anos passados desde o início da sua aventura pelos grupos académicos, o “Sopas” (a sua alcunha no grupo, já que todos os membros têm direito a uma) encontra-se a exercer na área que estudou e continua a dançar pelo coletivo.

“O estudante comum de Coimbra não faz a mínima ideia de que existe um grupo de folclore dentro da Academia”. A ideia de que “os únicos grupos são as tunas é errada, pois apesar de existirem muitas tunas, existem outros grupos com uma variedade cultural imensa, como a TAUC, que é uma orquestra, o Grupo de Cordas ou o Coro Misto, por exemplo”, conta à New in Coimbra. No entanto, é a Típica a responsável pela organização do Encontro Nacional de Etnografia e Folclore (ENEF), desde a génese do programa, que já vai para a sua 27.ª edição.

O Encontro Nacional de Etnografia e Folclore é um evento cuja adesão varia de ano para ano. “Sopas” conta que “quando era feito antes da Latada, sempre no Jardim da Sereia, a própria organização da Latada apoiava com mais força o programa, disponibilizando uma tenda por causa da chuva”. Tal traduz-se numa maior adesão do público em geral. Com o passar dos anos, o ENEF “tornou-se um evento mais pequeno, em que a maior parte do público faz parte de grupos académicos, devido ao cariz tradicional” do festival.

É já no próximo sábado, dia 21 de outubro, que este programa vai encher a cidade com música tradicional, tal como lhe explicámos neste artigo. Carlos Pinho declara: “Este ano, a Câmara Municipal de Coimbra fez a proposta de o ENEF se inserir no Arraial de Culturas Académicas, a qual aceitámos e encarámos como uma oportunidade”. É expectável, segundo o jovem, “que esta sugestão traga um maior alcance no que ao público diz respeito”.

“Sopas” afirma ainda que, da atuação da Orquestra Típica e Rancho, se pode esperar “muita diversão, com a performance de músicas como ‘Vira de Coimbra’ e ‘Carrasquinho’”. A Típica apresenta-se este ano, nas palavras de Carlos Pinho, “um grupo mais forte, com mais membros ativos”. O público vai encontrar “um grupo de jovens dinâmicos, que se estão a divertir, a fazer o que gostam e a mostrar aquilo que bem sabem fazer”, remata.

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