Além de ser a eterna cidade dos estudantes, Coimbra é conhecida por estar repleta de histórias e lendas. A mais conhecida está relacionada com o amor entre Inês de Castro e D. Pedro I, que resultou numa das tragédias mais conhecidas de Coimbra e deu origem à clássica Quinta das Lágrimas. No entanto, a História da cidade é contada também pela própria arquitetura e estruturas que dela fazem parte.
Caso seja um entusiasta por pontos históricos, nada melhor que aproveitar a mais recente visita guiada ao cemitério da Conchada que se vai realizar no próximo sábado, 9 de novembro. “Romaria da Conchada ao Panteão” promete dar a conhecer as curiosidades do local, que está repleto de monumentos funerários.
A caminhada começa pelas 15 horas no cemitério, onde será feita uma visita guiada com o historiador João Santos Costa. Os visitantes poderão aprender tudo sobre a arquitetura e escultura do local. Após a visita, o percurso segue pela baixa da cidade até ao Panteão e Mosteiro de Santa Cruz. Para terminar esta experiência, nada melhor que degustar os melhores pratos regionais no restaurante O Tacho.
A visita é organizada pela Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, cujo objetivo é “trazer públicos à Baixa de Coimbra e ao seu comércio, através do destaque do património próximo desta zona da cidade e que pode ser visitado a pé”, salienta. Para participar é necessária a inscrição através do email apbcoimbra@nullgmail.com ou do número 914 872 418. O bilhete custa 12€ por pessoa.
Para quem não conhece, o cemitério da Conchada está localizado na antiga Quinta do Pio e abriu pela primeira vez em outubro de 1860. Apesar de, á primeira vista, parecer um cemitério comum, a verdade é que a Conchada agrega uma séria de edifícios funerários, conhecidos pela sua qualidade arquitetónica criada por mestres da arte da pedra e do ferro forjado, em Coimbra.
O espaço possui centenas de sepulturas temporárias e perpétuas, incluindo de diversas figuras ilustres ligadas à cidade e à Universidade de Coimbra. Alguns dos nomes são Álvaro de Castro, que foi Presidente de Ministério e militar, professor Carlos Amaral Dias, ministro da Administração Interna João Calvão da Silva e ainda a poetisa Amélia Janny.
Nesta segunda-feira, 4 de novembro, foi finalmente consignada a empreitada de recuperação do Jazigo Municipal do Cemitério da Conchada. O edifício encontra-se em elevado estado de degradação e exige sensibilidade no processo de obra por se encontrar em vias de classificação. O concurso foi lançado a 5 de fevereiro deste ano, no entanto, já tinha sido lançado duas vezes em 2020.
“As coberturas apresentam graves problemas de infiltração, decorrentes do mau estado das telhas, beirados, remates e elementos de drenagem. As caixilharias de madeira apresentam-se muito degradas, com elementos apodrecidos, vidros partidos e ferragens estragadas ou em falta. No corpo principal (zona de jazigo), a ocorrência de um incêndio há cerca de 20 anos provocou graves danos estruturais na ala lateral esquerda, tendo afetado os três níveis superiores de prateleiras”, pode ler-se no site da Câmara Municipal de Coimbra.
O espaço agrega 1.500 urnas que deverão ser deslocadas no decorrer da obra. Todas estas questões significam um investimento de mais de um milhão de euros com um prazo de 360 dias para execução.
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