A crise na habitação é um problema geral em todo o País e a zona de Coimbra não é exceção. A subida do valor das rendas e das prestações dificultou o orçamento familiar, em muitas casas, influenciando a diminuição do poder de compra. Há, por isso, cada vez mais pessoas a procurar soluções que não impliquem ter de sair da região onde gostam de morar.
Para tentar ajudar a população, a Câmara Municipal de Coimbra anunciou um novo edifício residencial com 19 habitações, “destinado a famílias que não se enquadram nas prioridades da habitação social, mas que também não conseguem aceder ao mercado privado de arrendamento”.
O projeto foi criado em colaboração com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e, ainda, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, com quem a autarquia formalizou, no dia 20 de novembro, a escritura de cedência de um terreno na Rua Câmara Pestana, na freguesia de Santo António dos Olivais.
O edifício residencial terá 19 apartamentos de diferentes tipologias: nove T1, quatro T2, três T3 e três T4. Inclui, ainda, um parque de estacionamento coberto nos andares inferiores. O empreendimento tem por base um investimento de 3,8 milhões de euros, ao abrigo do Programa de Arrendamento Acessível.
“É importantíssimo para Coimbra ver aumentar o seu parque habitacional, neste caso, dirigido a pessoas, que nem sempre são contempladas com algum tipo de apoio ou ajuda, pessoas que têm rendimentos e por isso não são prioritárias para o programa do ‘1º Direito’, mas que o parco rendimento não lhes permite arrendar uma casa no mercado privado”, defende José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal.
“Nesse sentido, é fundamental que o Estado reforce os meios para as autarquias poderem ampliar a disponibilidade de habitação a custos acessíveis, nomeadamente através da revisão da Lei das Finanças Locais”, acrescentou.
Estas novas habitações juntam-se às seis construções de Vale de Figueiras. fazendo com que Coimbra conte com um total de 25 fogos de arrendamento acessível. “Este facto é de extrema importância, dado que a crise na habitação, para além de ser transversal a todo o País, afeta muita população, não necessariamente apenas a mais carenciada do ponto de vista financeiro”, apontou Ana Cortez Vaz, vereadora da Habitação.