Boas notícias para os beijoqueiros: o segredo para manter uma saúde oral cuidada e o sistema imunitário reforçado pode estar no beijo. Alguns especialistas aconselham mesmo a beijarem, no mínimo, quatro minutos por dia para maximizar todos os benefícios deste ato carinhoso.
“Apesar de poder ser um veículo para a transmissão de doenças, o beijo tem benefícios conhecidos do beijo para a saúde oral”, Susana Helena Couto, higienista oral na Malo Clinic, em Lisboa. E dá exemplos: exercita os músculos da cara, melhora a circulação e até permite queimar calorias.
Ideias corroboradas por um estudo, publicado em 2013, na revista científica “American Journal of Medicine”, que afirma que um simples beijo pode queimar entre duas e três calorias por minuto. Se aumentar a intensidade pode perder até 26 no mesmo espaço de tempo.
A especialista em saúde oral da clinica Malo realça ainda o poder imunológico deste gesto: “um beijo de 10 segundos permite trocar até 80 milhões de bactérias. Além de haver uma maior produção de saliva, a boca fica em contacto com novos micro-organismos e é o sistema imunitário que sai reforçado, conseguindo combater de forma mais eficaz alergias e infecções”, refere.
A saúde oral também é beneficiada, porque esta troca acaba por estimular a produção de saliva, que tem “um papel fundamental na manutenção, uma vez que reduz a ação bacteriana e promove o fortalecimento do esmalte”. “Se tivermos em conta que um beijo prolongado estimula naturalmente as glândulas salivares, há uma maior proteção contra doenças orais, como por exemplo, a cárie dentária. Além disso, como deixa a boca mais hidratada, permite também combater a halitose, ou seja, o mau hálito. Assim, quantos mais beijos, maior a quantidade de saliva produzida e mais serão as vantagens”, explica Susana Helena Couto.
Outro estudo, desta vez realizado no Japão, que trocar este tipo de gestos pode ajudar no combate às alergias ao pólen e pó. De acordo com os investigadores, tudo o que tem de fazer é beijar durante 30 minutos para conseguir um alívio dos sintomas.
Para quem sofre de ansiedade, pode ser também um grande aliado. “Está comprovada a ligação entre stress e ações involuntárias e prejudiciais à saúde oral. Roer as unhas e ranger ou apertar os dentes são alguns destes comportamentos que provocam danos nos dentes, gengivas e até músculos e articulações”, diz a especialista portuguesa em saúde oral.
Quando beijamos estamos também a estimular o cérebro que invoca a libertação de oxitocina e serotonina (que estão diretamente ligadas à felicidade) e obrigando a baixar os níveis de cortisol — a hormona envolvida na resposta ao stress. “Os beijoqueiros são pessoas com menos ansiedade e menos propensas a hábitos prejudiciais”, conclui a higienista.