Os ovos de chocolate são uma das tradições incontornáveis da Páscoa. Os padrinhos costumam oferecê-los aos afilhados, bem como os avós aos netos e os pais aos filhos. Qualquer motivo é válido para oferecer um doce gigante, embrulhado em celofane garrido e brilhante, e que muitas vezes inclui uma pequena surpresa. Mas o costume já é antigo.
O hábito começou no século XII, em França, depois do regresso de Luís VII das Cruzadas. Na altura o rei foi recebido com uma festa e com vários produtos das terras exploradas, e além dos legumes e da carne, os protagonista eram os ovos. A data coincidiu com o jejum da Quaresma.
A partir daí, não houve volta a dar. Todos os anos presenteava-se os familiares e amigos com ovos feitos a partir dos mais diversos materiais, do vidro à madeira. As versões de chocolate recheadas com outros doces só surgiram alguns séculos depois nas pastelarias francesas.
Atualmente fazem as delícias dos miúdos — provavelmente pela excitação associada à descoberta da surpresa. Porém, a nutricionista Lia Faria alerta que “os miúdos com menos de dois anos não devem comer produtos açucarados, pelo que a oferta de qualquer tipo de chocolate é desaconselhada”. E, no caso dos miúdos mais velhos, “a oferta deve ser sempre controlada”.
“O melhor será optar pelos ovos com menor teor de açúcar e oferecer porções pequenas. Os pais podem adotar a estratégia de partir o ovo e oferecer um pouco de cada vez ao longo da semana”, aconselha a especialista em nutrição. E lembra que esta dica também é útil para os adultos, sobretudo os que não querem afastar-se demasiado da dieta.
“A Páscoa é uma época festiva e deve ser aproveitada, no entanto, nada nos impede de aproveitar os doces durante vários dias, em vez de comer tudo de forma excessiva num fim de semana.”
Em todos ovos analisados, os nutrientes predominantes, são, sem grandes surpresas, os hidratos de carbono e os açúcares — estes em valores de altíssimos. Os teores de gorduras saturadas e insaturadas também não são satisfatórios. As quantidades destes dois nutrientes resultam em chocolates que fornecem mais do que as calorias necessárias para um dia inteiro — e é preciso reconhecer: comer um destes ovos de uma assentada não não é assim tão difícil.
Para que não faça más escolhas, a NiT pediu à nutricionista Lia Faria que fizesse um ranking com os piores ovos de chocolates que se encontram à venda nos supermercados. A lista inclui 13 e o que deve mesmo evitar contém 527 calorias e 60 gramas de açúcar por cada 100 gramas. Portanto, se comer esta quantidade, mais de metade do que está a ingerir é açúcar.
Carregue na galeria e descubra os ovos que não deve oferecer aos miúdos esta Páscoa.