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Está na hora de desconstruir os mitos sobre a procura de ajuda psicológica

As psicólogas Ana Fidalgo e Liliana Marques d'O Teu Lugar desmistificam algumas opiniões populares sobre a temática.
São conselhos para todos.

“Apoio psicológico não é para mim”. Esta é uma frase que, certamente, já ouviu dizer num grupo de amigos ou até mesmo na família. A verdade é que muitas pessoas vivem sem ter qualquer contacto com doenças mentais ou com um bom nível de bem-estar emocional sem nunca terem recorrido a apoio psicológico. Contudo, todos enfrentamos desafios e momentos difíceis.

Neste sentido, o apoio psicológico pode ser útil para qualquer pessoa, independentemente da sua situação, personalidade, ou até mesmo da presença, ou ausência de doença mental. Não precisa de ser apenas para casos extremos, é um recurso positivo que pode melhorar a nossa vida.

Apesar de termos vindo a presenciar um aumento da literacia em saúde mental e uma maior disposição para falar sobre a mesma — especialmente a partir de 2010, com um impulso significativo nos últimos anos devido a eventos globais como a pandemia — é também uma realidade que muitas pessoas ainda encaram este tipo de apoio com uma lente moldada por vários mitos e preconceitos. 

Nesse sentido, é essencial falar abertamente sobre as problemáticas envolventes sobre este tema. Para nos ajudar a compreender melhor esta situação, a New in Coimbra falou com as psicólogas da clínica O teu Lugar, Ana Fidalgo e Liliana Marques, que propuseram desmistificar esta questão.

O Teu Lugar nasceu da paixão de duas psicólogas em levar a melhor experiência clínica aos pacientes. Em consultas, ambas ouviam relatos perturbadores no contexto de cuidados de saúde e, por isso, decidiram abrir o seu “espaço seguro”. “Queremos trazer à saúde, nas suas várias dimensões, um cuidado humanizado, empático, autêntico e não intimidatório”, explicam Ana Fidalgo e Liliana Marques. Caso queira marcar uma consulta, pode fazê-lo online.

“Tenho medo que me julguem”

O apoio psicológico é um espaço seguro e sem julgamentos, onde se pode ser verdadeiro e explorar sentimentos livremente. Além disso, a confidencialidade é garantida, por isso não há razão para se preocupar com o que os outros podem pensar. E mesmo que pensem, o que há de errado em alguém que procura melhorar?

“Só precisa de ajuda quem é fraco” ou “já tive apoio psicológico antes e não funcionou”

Reconhecer que precisamos de ajuda é um sinal de força e coragem. Assim como procuramos um médico para cuidar da nossa saúde física, procurar apoio psicológico é um passo corajoso e destemido para cuidarmos do nosso bem-estar.

Por outro lado, se uma tentativa anterior não teve sucesso, pode ser devido ao método, à compatibilidade com o profissional ou ao timing dessa experiência. A psicologia é vasta e experimentar diferentes abordagens ou profissionais pode levar ao sucesso das intervenções. É possível que uma abordagem específica não tenha funcionado para si, mas oferece diversas técnicas e métodos cientificamente estudados e validados. O que não funcionou antes pode funcionar de outra forma ou com um profissional diferente.

“Na minha altura não havia tempo para problemas de saúde mental”

Será que não havia ou que não se falava sobre isso? Todos enfrentamos alguns desafios que podem pôr em causa a nossa saúde mental, de forma mais ou menos explícita. O mundo mudou e como vivemos em sociedade também, por isso, o stress, as pressões e as expectativas de hoje em dia são distintas. Reconhecer e tratar a saúde mental e o bem-estar sempre foi uma necessidade para viver bem, com ou sem doença mental.

“Os psicólogos só querem é ganhar dinheiro”

A maioria dos psicólogos está na profissão por uma genuína vontade de ajudar os outros. Tal todos os outros profissionais de saúde, investiram e investem, ao longo de toda a sua carreira, em formação e atualização constantes para te poderem ajudar da melhor forma. Ou seja, precisam de ser pagos pelo seu tempo e conhecimento, no entanto, o foco principal é o bem-estar de quem os procura.

Carregue na galeria para desmistificar os principais preconceitos que envolvem o apoio psicológico.

 

 

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