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A dieta vegan é a mais cara de todas — portugueses que a seguem gastam 142€ por semana

Segundo um estudo realizado pela Deco Proteste, o cabaz semanal mais barato é o do regime alimentar planetário — custa 120€.
Tem lados bons e maus.

O cabaz alimentar vegan é mais caro que o dos restantes regimes alimentares, revelou a Deco Proteste. A dieta baseada exclusivamente em produtos de origem vegetal seguida por cerca de 12 por cento dos portugueses, é também a melhor para o planeta, sendo um dos grandes benefícios.

A associação comparou quatro dietas: a vegan, a ovolactovegetariano, a mediterrânica e a planetária. Nesta última predominam os legumes, as verduras, frutas e cereais integrais. Em quantidades reduzidas e ocasionais consome-se também carne, peixe, ovos, arroz, pão, massa e batata.

O estudo da Deco concluiu que o regime alimentar vegan “é o mais dispendioso, exigindo mais de sete mil euros por ano”, enquanto que a dieta “planetária, que custa menos de mil euros, não tem os mesmos benefícios ambientais.” E acrescenta: “Todos os valores apresentados têm por base um plano alimentar equilibrado para quatro pessoas (dois adultos, uma criança e um adolescente)”.

Apresentando valores mais específicos, a Deco revela que o cabaz semanal da dieta planetária custa cerca de 120€. O da mediterrânica custa 127€, o da ovolactovegetariana tem um custo de 131€ e o da vegan custa 142€ — o mais caro. Quem segue este último plano gasta 45 por cento da despesa global semanal em equivalentes lácteos, hortículas e fungos. Já 44 por cento dos gastos dos ovolactovegetarianos vão para as hortícolas e frutos.

A organização de defesa do consumir aponta também que 59 por cento da despesa total dos que seguem a dieta mediterrânica vai para tubérculos, cereais e hortícolas. Por último, quem tem um regime alimentar planetário gasta 65 por cento do valor semanal em hortícolas, tubérculos, cereais, carne, pescado e ovos”.

No que diz respeito à redução da pegada ambiental, a melhor opção é a dieta vegan, sendo um dos seus principais benefícios. Mesmo quem não quer mudar radicalmente de regime alimentar, pode comer de forma mais amiga do Planeta introduzindo apenas algumas alterações. “Uma dieta tendencialmente mais vegetal, temperada com quanto baste de proteína animal, tem também benefícios ambientais quando comparada com as dietas mediterrânicas e planetárias.”

Existem alternativas mais verdes que podem ser adotadas em todas as dietas. Os vegans podem “trocar a bebida de amêndoa por uma de aveia reduz em 20 por cento o consumo de água”. Na verdade, “numa semana poupam-se mais de 1.500 litros de água e dois quilos de CO2. Ou seja, corta o potencial de aquecimento em dez por cento”.

Já os ovolactovegetarianos podem ser substituir o leite de vaca por bebida de soja, o que diminui em seis por cento o consumo de água, em cinco por cento a emissão de CO2 e em um por cento a ocupação do solo. Os que comem carne também podem fazer pequenas mudanças que terão grandes impactos no planeta. Se optar por um bife de frango vai reduzir em cinco por cento o potencial de aquecimento global e consumo de água.

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