Pode não parecer, mas a obesidade está a tornar-se num dos maiores problemas de saúde, uma vez que a taxa média de sobrepeso nos adultos masculinos subiu até aos 18,5 por cento. A forma mais fácil de combater este problema é através da alimentação.
Por isso mesmo, H. Mahler, director-geral da Organização Mundial da Saúde, neste mês de abril, deixou uma mensagem para todos os cidadãos onde salienta que o mundo é rico, mas que não está a fazer o melhor uso dessas mesmas riquezas. Enquanto milhões de pessoas vivem com fome crónica e subnutrição, outras “comem de mais e são mal alimentadas noutro sentido”, salienta.
Nas regiões tropicais e subtropicais, a desnutrição grave afeta cerca de 11 milhões de miúdos e a moderada chega a cerca de 76 milhões. Um numero verdadeiramente alarmante. “O primeiro caso exige tratamento urgente, mas mesmo os poucos que foram assistidos é quase sempre demasiado tarde”, acrescenta.
Nos restantes casos leves a moderados, os miúdos apresentam um atraso no crescimento e capacidade de aprendizagem. Mas ainda existem sérias doenças derivado à alimentação, nas sociedades de hoje em dia. Geralmente, ligadas à falta de vitamina A, que resulta em cegueira, anemias, o bócio endémico e ainda, cretinismo.
Em contraste, comer de mais ou apostar em alimentos inadequados, são em parte responsáveis pelo constante aumento de “distúrbios metabólicos e de doenças cardíacas e vasculares”. Já existe muito conhecimento sobre a nutrição e da sua importância para a saúde e da atividade física do homem. Mas muito mais deverá ser feito. No mínimo, deveríamos erradicar as doenças carenciais generalizadas. Além de que, o ataque à subnutrição deve ser ampliado através da educação, agricultura e políticas alimentares. Este é um passo essencial para proteger a saúde da melhor forma possível e ajudar a família a fazer o mesmo.
“Espero que o Dia Mundial da Saúde 1974 venha servir de estimulo para a ação contra as doenças carenciais e, também, contra as doenças da intemperança, e nos traga maior compreensão de que necessitamos de alimentação para um mundo mais sadio”, conclui o director-geral da Organização Mundial da Saúde.