Poucas pessoas conseguem sair de casa com umas calças justas quando o destino é um almoço ou um jantar de amigos. O mais provável é que acabe a desabotoar um botão (ou dois). O motivo que explica este ato (muitas vezes irrefletido) de aliviar a pressão na zona da cintura é a sensação desconfortável de barriga inchada. Se já passou por isto, não desespere: há um fruto que o pode ajudar a resolver este problema.
Certamente já o viu à venda no supermercado — a cor garrida, que contrasta com as sementes negras do interior não passa despercebido. Se ainda não provou mamão, da próxima vez que for às compras experimente colocá-lo no carrinho.
Estima-se que o mamoeiro, a planta que lhe dá origem, tenha tido inicialmente cultivado no sul do México. Porém, a sua origem precisa permanece incerta. É uma espécie nativa da América tropical, que hoje em dia é cultivada em vários países do mundo. Facilmente se encontra à venda por cá, a par da papaia (fruto com que se assemelha muito) e da manga, durante todo o ano.
O mamão pertence ao grupo das frutas de cor laranja/amarela, o que significa que é naturalmente “fonte de carotenoides (betacaroteno, luteína e zeaxantina), limonóides, e flavonoides como a quercetina e rico em vitamina A, B, C e potássio”. Estas características tornam-no um ótimo aliado da saúde visual, contribuindo para a prevenção de doenças oftalmológicas. Também ajuda a fortalecer o sistema imunitário, colabora na desintoxicação hepática e até na saúde cardiovascular pois “inibe a agregação plaquetária e tem efeito anti-tumoral”.
É também muito rico em fibras, que desempenham tem um papel fundamental na perda de peso, “porque ajudam a manter-nos saciados durante mais tempo”, explica à NiT a nutricoach Sónia Marcelo. Auxilia também o processo de digestão e tem um efeito laxante.
A polpa avermelhada, alaranjada ou amarelada do mamão tem um sabor mais intenso que a da papaia, mas tem igualmente sementes de cor preta. Geralmente são menosprezadas, porém, têm inúmeros benefícios. “São muito ricas em papaína uma enzima (substância que tem uma ação digestiva) que vai atuar de forma semelhante ao suco gástrico, ou seja, vai melhorar a digestão de proteínas. É uma boa opção para quando comemos muita carne ou peixe e ficamos enfartados”, explica.
“A papaína tem também propriedades inflamatórias, cicatrizantes de úlceras e gastrites”, realça a nutricionista. E os benefícios não ficam por aqui: “Esta parte do mamão tem também uma grande quantidade de fibras insolúveis, que são ótimas para combater a obstipação. Além disso são ricas em vitamina C que ajuda a controlar a pressão arterial”.
Embora não deva ser consumido em excesso, está longe de ser das frutas mais calóricas. Por 100 gramas, o mamão apresenta 45 calorias, 0,1 gramas de lípidos, 9,1 gramas de hidratos de carbono, sendo 6 gramas dos quais açúcares e 2,3 gramas de fibra.
“A forma mais simples de comer o mamão é ao natural, fresco.” No entanto, a nutricionista lembra que o poderá acrescentar a sumos, smothies, batidos, ou até mesmo mousses e saladas.
Carregue na galeria e descubra algumas formas de incluir este fruto exótico na sua alimentação.