Em Portugal, este fruto é considerado muitas vezes como um mero aperitivo que substitui os tremoços ou amendoins a acompanhar umas imperais. Entre duas cervejas e quase sem dar por ela ficamos entretidos a descascar e a comer pistácios até a dose terminar. Porém, poucos conhecem os benefícios destas pequenas maravilhas verdes que não devem ser consumidas em excesso.
Em Itália e no Irão este fruto é considerado uma verdadeira iguaria e é utilizada como ingrediente em diferentes pratos — doces ou salgados. Segundo a lenda associada ao pistácio, consta que terá sido um dos alimentos que Adão trouxe consigo ao ser expulso do Éden. A verdadeira origem do fruto tem, certamente, contornos bastantes diferentes, mas é normal que se considere que chegou do paraíso devido ao seu sabor único, intenso e ao mesmo tempo, delicado. Tem também um elevado teor de potássio e magnésio. “Nutrientes importantes para a saúde ocular, neural, bem como para o controlo da glicemia”, como explica à NiT a nutricionista Rafaela Teixeira.
Os benefícios do pistácio não se ficam por aqui. “Dada a sua composição em gordura, fibra e proteína o consumo de pistácio em refeições com um elevado índice glicémico auxilia no controlo da quantidade de açúcar no sangue, o que é ótimo para prevenir a diabetes”. Já os antioxidantes presentes neste frutos ajudam a diminuir o risco de doença cardiovascular. E contém luteína — um carotenoide importante para a saúde da pele — é um bom aliado para quem gosta de manter uma tez iluminada e jovem.
A melatonina também faz parte da sua composição. É aliás, como indica a profissional de nutrição “um dos frutos oleaginosos com maior teor deste nutriente”. E explica a importância deste: “É uma hormona produzida pelo nosso organismo, sobretudo à noite. É reconhecida por beneficiar o sono e tem, também, um papel muito importante para a saúde reprodutora uma vez que tem um elevado poder antioxidante, beneficiando a saúde dos ovários e a fertilidade“.
Contudo, apesar das suas propriedades, o pistácio é um fruto seco oleaginoso muito calórico e com um elevado teor de gordura saturada, e a ingestão diária em excesso não é recomendada. “Todos benefícios mencionados anteriormente devem ser considerados no contexto de doses de consumo adequadas. Outro fator importante é que ser ingerido ao natural, uma vez que o sal é prejudicial não só para a saúde cardiovascular, mas também aumenta a excreção de cálcio”, sublinha a especialista em nutrição.
Rafaela Teixeira alerta ainda que este fruto, quando consumido diariamente, está também associado à distensão abdominal e flatulência em pessoas com maior propensão para estes desarranjos intestinais. Se sentir algum desconforto deve reduzir as vezes que o adiciona à sua dieta. Porém, se tem problemas de insónia pode comer, no máximo, 30 gramas de pistácios antes de se deitar, acompanhados por um chá de camomila. A infusão ajudará a prevenir os problemas intestinais. A chave, como em tudo na vida, é a moderação.
De modo a manter uma dieta nutritiva e equilibrada, este fruto é apenas uma das muitas opções que devem ser incluídas, regularmente, na alimentação. A batata, por exemplo, é útil para quem pretende eliminar o açúcar do sangue de forma natural e saudável. Já o alho francês pode ser um importante aliado para os que desejam preservar uma aparência mais jovem e cuidada.
Caso o problema sejam as digestões difíceis, aposte nas ervilhas. Se for o sono que lhe causa dores de cabeça, os kiwis e as cerejas talvez ajudem. Enquanto isso, os filetes de pescada são importantes aliados para evitar a sensação de fadiga.
Se nunca sabe como pode incluir o pistácio nas suas refeições, carregue na galeria para descobrir algumas receitas saudáveis com este fruto.