Powered by CIM|RC

fit

Caldo de ossos, paleo e jejum: a perigosa dieta de Gwyneth Paltrow para se manter fit

A atriz foi a convidada de um novo episódio do podcast “The Art Of Being Well”, onde fez revelações bombásticas.
Esta a ser muito polémico e está a alertar os especialistas de saúde.

A atriz Gwyneth Paltrow não é uma desconhecida a rituais inusitados. Desde o lançamento, em 2008, da “Goop”, a plataforma onde popularizou o jejum intuitivo e vendeu velas com aroma a vagina e orgasmos, à mais recente polémica da sua dieta, a atriz tem a facilidade de deixar qualquer um surpreendido — normalmente pela negativa. A artista foi a mais recente convidada do podcast “The Art Of Being Well”, de Will Cole e, mais uma vez, incendiou as redes sociais por causa das suas escolhas alimentares poucos comuns.

Durante a infância Gwyneth teve dois exemplos completamente diferentes. Enquanto a mãe sempre foi preocupada em manter um estilo de vida saudável, com uma alimentação cuidada e nutritiva, o pai era grande fã de alguns famosos pratos norte-americanos, como as costeletas grelhadas com molho de barbecue.

Durante a juventude, Paltrow revela que nunca deu grande importância àquilo que comia, mas tudo mudou quando aos 20 anos viu o pai a ser diagnosticado com cancro. “Tinha de estar tudo relacionado. E foi aí que comecei a investigar o que é que pode levar ao aparecimento desta doença e influência da alimentação e do nosso estilo de vida.”, revela a atriz durante o episódio, acrescentado que ficou um pouco obcecada com o tema.

Sempre à procura de conseguir ser o mais saudável possível, a também cantora de 50 anos, segue uma dieta muito restrita. Fã do popular método de jejum intermitente, a atriz explicou que janta ao início da noite, por volta 18 horas, de forma a não ingerir mais nada depois das 19 horas. Segue depois num jejum intermitente de 17 horas e no dia seguinte, por volta das 12 horas, começa então o seu dia alimentar com um café, e “sumo de aipo com limão”, uma vez que não quer algo que “aumente os níveis de açúcar no sangue”.

Ao almoço, a fundadora da plataforma “Goop” admite que “gosta muito de sopa”. E a sua preferida é um caldo feito à base de ossos. “Ao jantar, tento comer, de acordo com a dieta Paleo. Por isso, como muitos vegetais”, constatou. “É realmente importante para mim fazer um género de detox.”

O exercício físico é outra parte importante do seu dia. Durante o podcast, Paltrow revelou que é durante o período da manhã que gosta de a fazer. Ainda em jejum, medita com o marido Brad Falchuk e só depois é que prosseegue com o seu dia. “Tento estar uma hora em movimento. Por isso, ou dou um passeio, ou faço Pilates, ou uma das rotinas que a minha [personal trainer ] Tracy Anderson me passa. E depois faço dry brushing e entro na sauna de infravermelhos durante 30 minutos.”

https://www.tiktok.com/@dearmedia/video/7210104654460521774?lang=en

Os perigos da dieta da atriz

As revelações da atriz sobre o seu regime alimentar deixaram as caixas de comentários das redes de sociais em alvoroço, com os fãs a mostrarem-se assustados e preocupados. Muitos apontaram o leque restrito de alimentos e de nutrientes da dieta da artista e como poderia estar relacionado com um distúrbio alimentar.

Para corroborar alguns das afirmações, muitas pessoas apontaram aparência e o ar exausto de Paltrow durante as filmagens do podcast. “Tem a mesma idade que Will Cole [o entrevistador] e parece mais velha 10 anos.”

Segundo os especialistas em nutrição, as mulheres com idades compreendidas entre os 30 e os 50 anos necessitam entre 1.800 calorias a 2.200 calorias todos os dias, dependendo da atividade física. Contas feitas, caso a atriz siga à risca o que revelou durante a emissão, está a consumir apenas 300 calorias diárias, o que põe em risco o bom funcionamento do organismo. Mas este número já não é novo. Em 2014, segundo a “Women’s Health”, esta já era a contagem de calorias que a atriz ingeria diariamente.

Uma das grandes preocupações que as declarações da atriz causaram tem a ver com o impacto que pode ter nas pessoas que a seguem. Muitos nutricionistas já vieram a público sublinhar que este género de regime alimentar “não é saudável”, nem seguro, apelando a que não sigam estas dietas restritivas.

“As pessoas procuram frequentemente informação nutricional online. Ao promover esta desinformação, criam confusão em torno do que é realmente uma dieta saudável e equilibrada. As pessoas podem começar a copiar estas práticas alimentares restritivas porque acreditam que isso as tornará saudáveis ou contribuirá para o seu ‘bem-estar'”, explicou Kim Lindsay , uma das nutricionistas que deu a voz às preocupações, ao “The Independent”.

“Embora não haja nada de errado com os alimentos que come, o problema são as quantidades e a restrição que está a fazer. Não há nada de saudável ou sustentável nisso e não deve ser promovido como uma dieta saudável”, concluiu.

A terapia retal com ozono

Um dos destaques do episódio — e que não passou despercebido a ninguém — foi quando Gwyneth Paltrow disse que fez ozonoterapia retal, quando lhe foi pedido para nomear a “coisa mais estranha de bem-estar que já fez”.

“Utilizei a Ozonoterapia retamente”, acrescentando: “é bastante esquisito”, disse a atriz. E acrescentou: “Achei o tratamento muito útil”, sem detalhar quaisquer benefícios da terapia, nem o motivo porque a fez..

O ozono é um composto químico do oxigénio, e segundo a Clínica do Ozono, a terapia baseia-se em oferecer um estímulo ao organismo para acelerar o processo de tratamento de alguma doença, melhorar o sistema imunitário e retardar o envelhecimento.

“O tratamento pode ser realizado com aplicações diretas na pele, que visam tratar feridas, com água ou óleos ozonizados, ou ainda por vias intravenosas ou intramusculares. Pode ainda ser por injeção intradiscal, para o tratamento de hérnias de disco, paravertebral; insuflação retal, auricular, vaginal ou oral”, explicam os especialista da clínica de Leiria.

MAIS HISTÓRIAS DE COIMBRA

AGENDA