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Beber vinho durante a gravidez pode alterar o rosto do bebé

O álcool já não é recomendado durante a gestação. Pode mesmo interferir com o desenvolvimento do feto.

A gravidez é um período de grandes mudanças no corpo das mulheres. O peso aumenta, as variações hormonais provocam alterações profundas físicas e emocionais, podem surgir desejos difíceis de ignorar e o conforto e bem-estar podem ser afetados. Durante esta fase, é natural que até lhe apeteça um copo de vinho, mas tenha cuidado. O álcool, segundo um novo estudo, pode (além de outros riscos) alterar as feições do bebé.

Beber um copo de vinho ou uma cerveja por semana, durante o período de gestação, é o suficiente para uma mãe provocar alterações nas feições do filho. A conclusão é de uma pesquisa realizada por investigadores da Universidade Erasmus, em Roterdão, nos Países Baixos, que revela que, mesmo o consumo moderado ou de baixas quantidades de álcool, influencia o desenvolvimento do rosto dos miúdos.

Os investigadores analisaram mais três mil imagens 3D de bebés e compararam-nas com os traços atuais de cada um. Conhecendo os hábitos de consumo de álcool das mães, durante a gravidez e nos três meses anteriores à concepção, puderam estabelecer uma comparação com as mulheres que não beberam antes e durante a gestação.

“Encontrámos uma associação estatisticamente significativa entre a exposição pré-natal ao álcool e as feições dos rostos nas crianças de nove anos”, afirmou, Xianjing Liu, um dos autores do estudo, citado pelo “The Jerusalem Post”.

Os investigadores estabeleceram ainda uma relação sobre as quantidades: “Quanto mais álcool as mães beberam, mais pronunciadas se revelaram as alterações faciais. E dentro do grupo de mães que beberam durante a gravidez, descobrimos que, mesmo que tivessem bebido muito pouco, os efeitos eram visíveis”.

As feições que ficam, normalmente, mais alteradas são o nariz, o queixo e as pálpebras inferiores voltadas para dentro, que tendem a desvanecer-se mais tarde, com a chegada da puberdade.

O estudo publicado na “Human Reproduction”, a 16 de fevereiro, veio, assim, comprovar algumas conclusões que já tinham sido partilhadas em 2021.

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