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A bizarra máquina que Cristiano Ronaldo tem em casa para congelar o corpo a -200 graus

É um dos segredos do jogador para recuperar mais depressa do treino e das competições. Os resultados são evidentes.

Cristiano Ronaldo tem 40 anos, como o mundo inteiro bem sabe. Mas, metabolicamente, o jogador tem apenas 28. Pelo menos foi esse o resultado de um estudo realizado pela plataforma de monitorização de performance Whoop. Durante várias semanas, a equipa analisou ao pormenor todos os dados fisiológicos do capitão da Seleção Nacional, para revelar esta conclusão surpreendente em maio.  

Nada na vida de Cristiano Ronaldo é deixada ao acaso, sobretudo o que tenha a ver com o corpo e a sua carreira. Existe disciplina no treino, sim. Existe uma obsessão pela alimentação, claro. Mas existe também uma máquina que o jogador leva para todo o lado — e na qual congela o próprio corpo a temperaturas negativas extremas todas as semanas. 

Chama-se crioterapia de corpo inteiro e é, possivelmente, a maior arma do jogador português para manter a forma. O nome pode parecer coisa de laboratório futurista, mas na prática é um tratamento cada vez mais usado por atletas de elite. Cristiano Ronaldo foi um desses primeiros exemplos.  

De forma resumida, trata-se de uma cabine que envolve o corpo todo, exceto a cabeça, e que atinge temperaturas entre os -110º e os -200º celsius. Ronaldo comprou um destes aparelhos quando ainda jogava no Real Madrid, em Espanha, em 2013. Depois levou-a para Turim, em Itália — quando esteve na Juventus — e mais tarde para Manchester, em Inglaterra, para atuar no Manchester United. Agora, tem uma versão atualizada na sua casa na Arábia Saudita, que terá custado cerca de 60 mil euros. 

“A exposição a temperaturas muito baixas é uma prática inovadora e é uma forma eficaz de ativar os mecanismos de auto-cura do nosso corpo. O arrefecimento da camada superior da pele, por um curto período, ajuda a estimular os processos metabólicos, a reduzir a ansiedade e a fadiga, a melhorar a qualidade do sono e a estimular o sistema imunitário. É um excelente produtor de colagénio também” explicou Catarina Coelho da empresa Criosauna, em Cascais, neste artigo da NiT.

A crioterapia é usada para acelerar a recuperação muscular, aliviar dores, reduzir inflamações e melhorar a circulação. O frio extremo obriga os vasos sanguíneos a contraírem-se, redireciona o sangue para os órgãos vitais e quando a temperatura volta ao normal, há uma explosão de oxigénio e nutrientes nos músculos.

Na prática, é como um “reset” ao corpo, Só que em vez de durar vários dias, a sessão normal ronda os dois a três minutos, o suficiente para sair de lá com os músculos mais soltos e uma sensação de revitalização. 

Além disso, o frio estimula a libertação de endorfinas, o que ajuda também no humor e na qualidade do sono. Ou seja, não é só recuperação física : também faz bem à cabeça. 

“Em resposta, os músculos e os vasos sanguíneos contraem e o fluxo de sangue aumenta. Para fornecer os nutrientes necessários aos órgãos principais, o organismo entrada num estado de superprodução para enriquecer o sangue com eritrócitos, oxigénio, colagénio e outras substâncias essenciais. Os metabolitos e toxinas são rapidamente decompostos e eliminados”, acrescentou Catarina Coelho.

O fenómeno já chegou a vários ginásios, centros de fisioterapia e clínicas em Portugal, onde uma sessão pode custar entre 25 e 50 euros, consoante o local e da duração. 

Por exemplo, na Criosauna, em Cascais, uma sessão de crioterapia custa 50€. Mas, aos sábados, a clínica organiza sessões das 11 horas às 13 horas com desconto de 20€. Existem também outros espaços na Grande Lisboa que fazem o mesmo procedimento, como a Forma Silk, no Estoril, ou a Clínica Medisen, em Almada.

A crioterapia não é a única ferramenta utilizada por Cristiano Ronaldo para se manter em forma. Aliás, o jogador gasta cerca de um milhão de euros por ano no treino, na alimentação e no staff que acompanha todos os aspetos do seu corpo. Pode ler tudo neste artigo da NiT.

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