Os miúdos e os adolescentes não vão ter razão de queixa da programação do Teatrão no primeiro trimestre de 2023. A companhia de teatro de Coimbra dedica-lhes quase todas as atividades. Há uma reposição, uma residência de criação e uma estreia, além do Fórum de Jovens Críticos.
Em janeiro e fevereiro regressa o espetáculo “Manuel ou como se desenha uma casa”, para maiores de quatro anos, construído a partir do imaginário e de textos de Manuel António Pina e acompanhado por atividades paralelas à criação: uma oficina de ilustração e uma oficina de palavras, ambas com um custo de 5€. A peça está patente de 17 janeiro a 18 fevereiro de terça a sexta, às 10h30 e 14h30 para as escolas e aos sábados às 17 horas para o público em geral, na Sala Grande da Oficina Municipal do Teatro.
A companhia está também a preparar “TIME”, um novo espetáculo a estrear a 30 de março, para públicos adolescentes e dirigido pela coreógrafa Aldara Bizarro. Não sendo a primeira vez que o Teatrão se aventura na exploração da linguagem da dança, esta criação pretende desafiar os jovens públicos a refletir sobre a ideia de tempo.
A peça de dança, criada para três atores, e gira em torno do tema “tempo”, como resposta ao desafio de criação de se trabalhar, a ideia de utopia e de mudança. Vai ficar em cena até 22 de abril e a 4, 11 e 18 de março terá uma oficina. “TIME” e as oficinas farão ainda parte da programação do Festival Abril Dança 2023, que a partir deste ano junta no Convento São Francisco e Teatro Académico de Gil Vicente A Escola da Noite e o Teatrão.
“A programação para a adolescência, apontada no último fórum do Teatrão como uma linha programática estratégica na Oficina Municipal do Teatro (OMT) será encorpada com a criação de um novo projeto — o Fórum de Jovens Críticos — com parcerias internacionais na Alemanha e Islândia e que pretende desafiar os jovens a discutir espetáculos e programação para a adolescência”, refere a companhia, adiantando que é nesse âmbito que vai ser promovido o encontro com os programadores da Rede de Teatros e Cine-Teatros Portugueses, a 27 de março.
A estrear em abril, a propósito das comemorações dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril, mas em residência em fevereiro e março, estará a criação “Revolution (título provisório)” que junta três estruturas profissionais de teatro, ASTA (Covilhã), Baal17 (Serpa) e Teatrão (Coimbra) à d’Orfeu (Águeda), responsável pela direção, criação e interpretação musical do espetáculo. As duas semanas de residência terão um momento de abertura dos trabalhos e contacto com o público a 5 de março.
Na programação musical, na Tabacaria, há seis concertos com as curadorias de Rui Lúcio e Victor Torpedo. A 26 de janeiro atua Joana Rodrigues 4ETO e no dia seguinte Finale. Em fevereiro é a vez de In Sax Quarteto, no dia 10, e Clementine, a 24. Março começa com Gonçalo Guiné (dia 10), segue-se Dead Club (24).
Já o projeto pedagógico mantém-se em várias frentes, nas Classes de Teatro, no projeto “A Meu Ver” e no “Teatro e Memória”, envolvendo centenas de alunos na Oficina Municipal do Teatro e nas instituições particulares de solidariedade social do concelho de Coimbra.