Devido à falta de opções ligadas ao entretenimento noturno na região, o casal Manuel Vilhena e Catarina Serra decidiu abrir o espaço que achavam que fazia falta na Serra de Lousã. Assim nasceu a Mina, um local híbrido que proporciona experiências que englobam cultura, arte e petiscos.
Este espaço, para todas as idades, é caracterizado como uma casa da cultura. Divide-se por diferentes pisos: o primeiro, onde pretendem criar um atelier de workshops e experiências ligadas à cerâmica, a cave que irá receber os espetáculos e, ainda, um sótão, que vai ter uma programação infantil. Apesar de não terem ainda uma data para avançar com todas as propostas, o mês de janeiro foi escolhido para começar a programação e com a oferta gastronómica.
“Um dos grandes objetivos é tornar o projeto hiperlocal, ou seja, que todos os produtos fossem regionais, desde a cerveja aos vinhos. Assim conseguimos inspirar os outros espaços a fazer o mesmo e acredito que resultará numa economia mais feliz”, explica Manuel. A ideia é que os clientes saibam que a Mina é o local “para encontrar uma programação diferente e onde podem ser sempre surpreendidos”. Os espetáculos acontecem todas as semanas, pelo menos uma vez.
Neste momento, há duas iniciativas em que pode participar. Uma delas é o “Cinema para Crianças”, destinado aos mais novos, com propostas ao fim de semana e o “Cinema às quartas” que, tal como o nome indica, exibe filmes à quarta-feira, para toda a família. A entrada é sempre gratuita.
O primeiro filme escolhido para os miúdos é o “Soul“, que vai passar já este domingo, 12 de janeiro, pelas 17 horas. Durante 1h40 acompanhamos o protagonista a embarcar numa viagem alucinante entre dois mundos, “que o levará a explorar o significado de paixão, propósito e aquilo que nos torna verdadeiramente vivos” podemos ler no site. Apesar de a entrada ser livre, é necessário reservar o lugar online.
Na próxima quarta-feira, dia 15 de janeiro, pelas 22 horas, pode assistir ao “Akira” na Cave da Mina. O filme promete dar inicio à animação japonesa, com um dos clássicos deste género e “deverá estar na lista dos top 100 filmes para veres antes de morrer”. A história aborda temas como a religião, o poder e o caos que juntos criam um cenário “que só pode ser rasgado pelas motas que dominam a cidade que nunca dorme”.
Os filmes japoneses regressam na quarta-feira seguinte, 22 de janeiro, com “Ghost in a Shell”, às 22 horas. Tudo acontece, num futuro distópico onde a tecnologia substituiu e redefine o que é humano. “A análise de questões de identidade e consciência, sob uma lente cibernética. O filme, até hoje, influencia grande parte da arte visual que observamos em artistas de renome”, referem.
Novamente dedicado aos mais novos, temos a famosa “A Viagem de Chihiro” no dia 26 de janeiro, pelas 17 horas. A história acompanha a mudança de Chihiro e dos pais para uma nova cidade. A deslocação acaba por se tornar uma odisseia de descoberta do mundo — onde a protagonista tem de enfrentar inúmeros desafios. Um deles, envolve a luta contra o poder da gula e a alienação que pode provocar. Apesar da entrada ser livre, é necessário reservar o lugar online.
Por último, será exibido “Shaft“, a 29 de janeiro pelas 22 horas. No filme podemos ver policias corruptos, pequenos traficantes de drogas e jovens prontos a matar. “Para o detetive e policial John Shaft, é apenas mais uma noite no submundo de Nova York, outro turno encarando os policiais e criminosos que querem vê-lo morto e um sistema judicial que prospera com dinheiro, não com a justiça”, podemos ler na sinopse.
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