Rui Reininho tem, de vez em quando, experimentado uma carreira a solo. Mais conhecido como vocalista e mentor do grupo GNR, o cantor de 68 anos lançou em 2008 o trabalho discográfico “Companhia das Índias”. Um disco que contou com a produção e direção musical de Armando Teixeira, que esteve ligado a projetos como Balla, Bizarra Locomotiva e Da Weasel.
13 anos depois e aproveitando os períodos de confinamento da Covid-19, Rui Reininho decidiu fazer nova aposta com o lançamento do trabalho “20.000 Éguas Submarinas”. Os críticos colocam-no mesmo na lista dos melhores discos nacionais de 2021. No intervalo dos concertos do grupo GNR, o cantor tem vindo a apresentar o disco em alguns espaços do nosso País.
No próximo dia 1 de junho, é a vez do Salão Brazil receber este artista portuense que, no ano passado, esgotou a Sala Suggia na Casa da Música do Porto. Em palco, além do vocalista dos GNR, esteve a Orquestra de Jazz de Matosinhos. Em Coimbra, Rui Reininho irá contar apenas com alguns músicos.
Produzido por Paulo Borges, juntos congeminaram uma viagem que durante dois anos os levou pelos confins dos mares já dantes navegados, a passo, trote, galope, mariposa e voo, como escape de corais profundos, mas não tão fundos quanto o exercício de libertação já revelado.
“Ao vir à superfície, encontrei o Paulo Borges contido em anos de interpretações alheias e perguntei-lhe, como numa ilha solitária, o que queria criar; saiu-nos um arquipélago provavelmente um dos Açores que já nos sobrevoava com os sons marítimos, o fracasso das ondas nos rochedos e o marulhar crustáceo dos músculos dos ‘Animais Errantes’, que respeitamos”, disse Rui Reininho na apresentação do disco. Os bilhetes custam 17,50€ e podem ser adquiridos online.