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RAP brinca: “A minha prima sempre que ouve a ‘Noite Branca’ atira-se da janela”

Depois de ter testemunhado em tribunal, o humorista esteve à conversa com os jornalistas sobre o depoimento.

Ricardo Araújo Pereira já se mostrou bastante crítico do processo dos Anjos contra Joana Marques, onde a humorista é acusada de difamação após ter publicado um vídeo no seu Instagram com a dupla a cantar o hino nacional no MotoGP, no Algarve, em 2022. O comediante e colega testemunhou a seu favor esta segunda-feira, 30 de junho, naquela que está a ser a terceira (e última) sessão do julgamento.

Ao sair do tribunal, após ter testemunhado frente à juíza Francisca Preto, esteve à conversa com os jornalistas e aproveitou a ocasião para brincar com a situação. “O depoimento foi feito numa sauna. Preferia depois num jacuzzi”, disse, aqui citado pelo “Observador”, em relação ao calor que se fazia sentir na sala do tribunal.

O comediante aproveitou a ocasião para denunciar o “ridículo” que considera ser este julgamento. “Devolveria a pergunta aos Anjos: se alguém contactar os Anjos a dizer que alguém tem vontade de se matar sempre que ouve os Anjos, isso é improvável, mas eu por acaso conheço uma pessoa. A minha prima Andreia sempre que ouve a ‘Noite Branca’ atira-se da janela. Temos de fazer sempre o Natal no rés-do-chão. A Andreia não gosta daqueles álbuns, mas não é razão para eles os recolherem”, brinca.

“Acho que uma condenação seria uma catástrofe. Não apenas para quem tem a nossa profissão, mas para cidadãos em geral porque isso faz com que as pessoas percebam que fazer uma critica é ilícito. Se a Joana for condenada não precisa de ser num milhão de euros, basta ser um, isso significa que aquilo que ela fez — criticar aquela atuação — é ilícito. E, portanto, toda a gente que já teve ou quer vir a ter o direito de dizer ‘eu não gostei muito disto’, que vá preparar a carteira“, lamenta.

O humorista acredita que as entrevistas que lhe foram feitas à porta do tribunal são a “cereja no topo do bolo de ridículo”, graças à atenção que o caso gerou nos meios de comunicação social. “Estamos aqui a julgar a anedota”, disse, aqui citado pelo “Correio da Manhã”.

“Sou humorista, descredibilizado já eu venho. Só não fiz pouco deste processo em mais sítios porque não tive oportunidade”, disse no final.

Aproveite e leia o artigo da NiT para conhecer tudo o que o humorista disse no tribunal.

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