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cultura

“O sal que não salga” é a nova proposta do Colectivo Pescada 5 em Coimbra

Exposição decorre apenas este fim de semana no edifício da Manutenção Militar (junto ao Mercado D. Pedro V). Entrada é livre.
Foto Mário Canelas para Coimbra Coolectiva.

O Colectivo Pescada 5 (P5) volta a surpreender este fim de semana (13 e 14 de maio) na cidade de Coimbra. Depois de, em novembro do ano passado, ter apresentado “232º Celsius” no edifício que acolheu a Coimbra Editora (zona do Arnado), o grupo de cidadãos que se tem dedicado à arte, entendida como instrumento de intervenção social, decidiu agora entrar no edifício da Manutenção Militar e dar a conhecer “O sal que não salga”.

Nesta mostra, de características únicas e com uma dimensão coletiva de dedicação e de partilha do gosto da arte pela arte, os visitantes podem cruzar-se com 64 obras, performances, instalações e objetos descobertos durante a preparação do sítio para a exposição. A leitura do Sermão de Santo António aos Peixes, de António Vieira, e a reflexão sobre questões de relações laborais, constituíram o ponto de partida do projeto.

Com o intuito de estabelecer um elo entre passado, presente e futuro, o Colectivo P5 traz, ainda, ao edifício da antiga Manutenção Militar, obras que dialogam, tanto com o passado do edifício como com o futuro do mesmo, enquanto parte de uma futura escola de artes, integrada no Centro de Arte Contemporânea de Coimbra.

O edifício vai estar de portas abertas no sábado, das 15 às 22 horas, e no domingo, das 15 às 18 horas. Além do Colectivo P5, esta exposição conta com a coorganização da Câmara Municipal de Coimbra — atual detentora dos edifícios — e a parceria da Biblioteca Geral, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Centro Hospitalar de Coimbra (Covões) e cidadãos da região das Marinhas de Sal-Gema, de Rio Maior.

Refira-se que o Coletivo P5 é constituído por um grupo de cidadãos que, desde 2002, se tem dedicado à arte, entendida como instrumento de intervenção social, em torno de projetos que valorizam tanto a obra individual como a interação coletiva com o meio e a comunidade. O resultado mais visível da sua atividade traduz-se na realização de exposições e outras atividades complementares (performances, leituras, concertos, dança, teatro), na sua grande maioria, na área geográfica de Coimbra onde foi fundado.

O Coletivo P5 promove acontecimentos efémeros, procurando dessa forma envolver artistas e outras pessoas cuja ocupação principal não é, habitualmente, no domínio da arte, aglutinando áreas tão diversas como a pintura, escultura, desenho, fotografia, dança, teatro, música ou performance.

Tal como o contexto físico em que se realiza a exposição “O sal que não salga”, num edifício municipal, atualmente devoluto, com um desígnio futuro ligado à arte contemporânea, os eventos levados a cabo pelo Colectivo P5 acontecem em espaços alternativos, fora do circuito habitual das exposições de arte, como edifícios urbanos, muitas vezes num estado de abandono ou em obras de transição entre diferentes funcionalidades, escrutinados nos diversos locais da cidade, valorizados enquanto espaços de arquitetura, mas sobretudo enquanto lugares de memória e de contextualização dos temas escolhidos.

Desde 2018, este grupo já promoveu as exposições “O Jardim Das Delícias” na Casa das Andorinhas; “Just A Little Light” na Calçada do Gato (2019); “Ergo Ego Sum” na Igreja do Convento de São Francisco (2019); “Sinfonia Para Um Homem Só” na Mata dos Carvalhos (2020); “Admirável Mundo Novo” na Sociedade De Porcelanas de Coimbra (2021); “É Primavera no Paço” no Paço dos Condes de Tentúgal (2022) e “232º Celsius” na Coimbra Editora (2022).

Carregue na galeria e conheça algumas das imagens desta exposição.

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