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cultura

O dia em que as máquinas não ajudaram os homens em Coimbra

Falha nos leitores e pessoas a desfalecer por causa do calor foram os principais problemas registados no primeiro dia dos Coldplay.
Dificuldades atrasaram entrada no estádio.

Coimbra teve na passada quarta-feira, 17 de maio, um verdadeiro teste à receção de grandes eventos na cidade. Para perceber se estava tudo preparado para acolher as primeiras 50 mil pessoas, a New in Coimbra vestiu o papel de visitante que veio a Coimbra para assistir ao primeiro concerto da banda britânica Coldplay.

Tal como a organização recomendou, decidimos vir cedo para Coimbra. Olhando para as opções da autarquia, estacionámos o carro num dos parques indicados. A escolha recaiu na zona da Casa do Sal, onde à hora em que entrámos ainda havia muitos lugares por ocupar. Depois, optámos por “dar umas voltas” pela cidade. E, tal como foi dito, a cidade já fervilhava com a realização destes concertos. Mas havia quem temesse o caos devido às obras em curso em Coimbra para a implementação do sistema MetroBus.

Se, durante a manhã, as ruas da Baixa já demonstravam que o pedido para chegar cedo tinha sido cumprido por muitos daqueles que viajaram até Coimbra para ver a banda de Chris Martin, a grande maioria optou por viajar depois de almoço. Isso notou-se pois os autocarros fretados pela autarquia para fazer os quatro circuitos de ligação aos 16 parques gratuitos iam completamente lotados para as imediações do Estádio Cidade de Coimbra. Mesmo assim, ainda houve quem optasse por estacionar a viatura mais perto do recinto desportivo e, a julgar por algumas conversas, as coisas correram bem, não sendo registado qualquer tipo de problema.

Pulseira amarela

Para chegar ao local do concerto, a opção recaiu no circuito 1 — liga a estação de Coimbra B ao recinto desportivo, através da Circular Externa. Quando parou junto à Casa do Sal, o autocarro alugado pelo município ainda dispunha de alguns lugares vazios, os quais ficaram preenchidos na paragem logo a seguir. À entrada da viatura, foi simples adquirir a pulseira de cor amarela para poder usufruir destes transportes. A viagem decorreu de forma rápida e, ao fim de 15 minutos, já estávamos na rua General Humberto Delgado. O relógio marcava 15h30.

Próximo desafio: tentar entrar no perímetro do estádio. O calor que se fazia sentir levou muitos a optarem por esperar nos poucos espaços disponíveis à sombra. Mas houve quem desafiasse o calor para, dessa forma, ser dos primeiros a entrar no interior do estádio. Por volta das 16 horas, foi levantada a primeira barreira de acesso. A paragem foi demorada, pois era necessário fazer a necessária vistoria das malas e mochilas que muitos queriam levar para o interior do estádio.

Já com a pulseira na mão, a hora era de olhar para o bilhete e ver qual a porta para entrar. No nosso caso, era a porta 5 (acesso ao relvado). Aqui, a fila já era extensa, mas é de assinalar que todos aqueles que queriam entrar junto à Igreja de São José tiveram hipótese de ficar numa longa fila que se estendia para a zona do jardim. Em conjunto com as forças de segurança, foi possível dosear as entradas para que não houvesse uma grande invasão.

Às 17 horas, e já com algum tempo de espera, muitos reclamaram da abertura das portas, mas isso só aconteceu cerca de dez minutos depois da hora marcada. Num dia em que tudo parecia correr “dentro da normalidade”, eis que surge o primeiro problema: os leitores dos códigos de barra dos bilhetes começaram a dar problemas. A pouca luminosidade dos telemóveis ou o facto dos ingressos terem sido impressos em modo poupança, entre outros problemas, levou a que a espera fosse mais prolongada do que o previsto.

Muitos questionaram e reclamaram junto das autoridades e dos seguranças sobre o que estava a acontecer, mas a questão só acabou por ficar resolvida por volta das 18 horas. Mas a espera já era grande e, como é natural neste tipo de situações, gerou-se um sentimento de caos e desorganização. Principalmente quando as longas horas de espera, combinadas com o calor e o aperto entre as pessoas que queriam entrar, acabaram por causar desmaios entre alguns dos espectadores. Nada que impedisse a entrada no recinto.

Os atrasos levaram a que muitos dos detentores de ingresso só conseguissem entrar quando atuavam, primeiro, Bárbara Bandeira e, depois, Griff. Até que, por volta das 21h25, chega o momento esperado do concerto dos Coldplay. E já com o estádio completamente lotado.

Aspeto do estádio a meio do concerto de Bárbara Bandeira.

Regresso em fila

Terminado o espetáculo, havia que voltar para o local de estacionamento do veículo. Aqui, e tal como já tinha acontecido para entrar no estádio, houve necessidade de estar algum tempo à espera. A fila era extensa, mas aos poucos foi reduzindo, havendo nas imediações quem questionasse se iria conseguir apanhar o autocarro a tempo de, na estação de Coimbra B, entrar no comboio especial da CP. Ao que foi possível apurar, tudo terá corrido bem, pois não houve registo de queixas junto dos responsáveis da autarquia.

A viagem pela Circular Externa demorou mais do que o esperado, pois além das viaturas fretadas pelo município, muitas viaturas particulares decidiram escolher esta via para tentar sair de Coimbra. Pelo menos, até à rotunda da Fucoli — local onde a Circular Interna e Externa se “encontraram”. A partir daqui, a viagem decorreu rapidamente e foi possível chegar em segurança ao local onde a viatura estava estacionada.

Depois do concerto de quinta-feira, esta sexta-feira há uma pausa, regressando a azáfama dos concertos dos Coldplay novamente no sábado e domingo. Dois dias em que são esperados na cidade perto de 100 mil pessoas.

De seguida carregue na galeria para ver algumas imagens do primeiro concerto dos Coldplay em Coimbra.

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