A 65.ª edição dos prémios Grammy aconteceu este domingo, dia 5 de fevereiro, em Los Angeles, nos Estados Unidos da América. Beyoncé fez história e tornou-se na artista com mais Grammys de sempre — embora lhe tenham escapado, outra vez, os prémios principais.
Os galardões musicais foram bastante distribuídos, sem que houvesse um artista em particular a destacar-se. Harry Styles, Adele, Michael Bublé, Lizzo, Ozzy Osbourne, Kendrick Lamar, Brandi Carlile, Wet Leg, Bad Bunny ou Rosalía foram outros dos vencedores da noite.
Ainda assim, antes dos maiores nomes da indústria musical serem reconhecidos pelo trabalho que desenvolveram ao longo do ano passado, tivemos oportunidade de os ver desfilar pela passadeira vermelha. Sim, porque se para os Óscares os designers de moda, estilistas e celebridades unem forças para criarem looks que possam ficar para a história, ou se na Met Gala as celebridades privilegiam a criatividade e os visuais concetuais, os Grammys são muito mais festivos — para o bem e para o mal.
A exuberância esteve presente em todos os momentos, como não podia deixar de ser. A 65.ª edição trouxe muitos outfits dramáticos, arrojados (pelos piores motivos) e tudo menos consensuais. Mais aventureiras nas escolhas das indumentárias, as celebridades optaram por combinações muito pouco previsíveis. Claro que nem todas agradaram aos críticos.
Na categoria dos visuais mais impressionantes, é impossível não mencionar Lizzo e a sua escolha bem primaveril. Além de ter desfilado pela primeira vez com o namorado Myke Wright numa passadeira vermelha, há outro motivo para a artista estar a ser alvo de inúmeros comentários: o look maximalista e super colorido. Com uma capa vermelha com capuz repleto de flores, e um combinado de saia e espartilho cor de laranja da Dolce & Gabbana, a cantora optou por um penteado com muito gel e uma maquilhagem nos mesmos tons do visual.
Por outro lado, entre os nomes que se tornaram demasiado previsíveis está Viola Davis. A atriz é conhecida por manter sempre a elegância e a sua beleza é inquestionável, no entanto, o vestido em vermelho, azul e branco com assinatura Naeem Khan é das peças que mais facilmente serão esquecidas. Apesar das lantejoulas, que acrescentam alguma dimensão ao desenho, a silhueta segue uma fórmula que já se tornou algo repetitiva.
Ao longo da noite, ainda houve espaço para a aposta em looks mais freaky e que fizeram arquear muitas sobrancelhas. Como nos tem habituado, Doja Cat destacou-se pelas escolhas punks futuristas com uma combinação de detalhes suaves, brilhantes e pontiagudos. O vestido em vinil, cortesia da Versace, assentava-lhe de forma perfeita.
Já Shania Twain surpreendeu ao aparecer irreconhecível. A artista de 57 anos foi uma das apresentadoras da noite e apostou numa peruca vermelha que se destacou no fato branco com (gigantes) bolas pretas. Para completar o look, usou um chapéu igualmente extravagante.
“Isto não acontece a pessoas como eu muitas vezes”. Harry Styles venceu o Grammy de Álbum do Ano por “Harry’s House” e não disfarçou o seu espanto num discurso com o qual homenageou os outros nomeados. Horas antes, porém, foi ele quem deixou todos espantados ao vestir um macacão colorido. A criação de EgonLab juntou duas das tendências dos últimos meses: brilho e cor. Mas nem isso o salvou de comentários em que o comparavam com os tapetes mais antigos.