Existem algumas personalidades inconfundíveis na cultura tradicional portuguesa e uma que nunca passa despercebida é Herman José. É um dos nomes que ultrapassa gerações e, este ano, uma das maiores referências do humor do País, prepara-se para uma digressão que, além de Lisboa, vai passar por Figueira da Foz.
O espetáculo está marcado para 21 de dezembro, sábado, pelas 21h30, no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz. O artista é conhecido pela sua “escrita humorística, a de autor e intérprete musical, a de músico, a de ator multifacetado e ainda de contador de estórias”, pode ler-se na sinopse.
Por isso, será esta a mistura “explosiva”, a que poderá assistir em palco para assinalar os 40 anos da carreira “imparável” do artista. Os bilhetes estão disponíveis online por 15€, quer na primeira planeia como na segunda plateia.
Esta é a segunda edição do ORQUESTRAE que junta Herman José com a Banda Filarmónica da Sociedade Boa União Alhadense e Orquestra de Jazz da Escola de Artes da Figueira da Foz. Desde os quatro anos, que o humorista “protagonizava os filmes do pai, que conciliava a sua atividade no comércio de mármores com a de cineasta amador”, pode ler-se no site do próprio artista. Porém, foi só na adolescência que comprou a primeira viola-baixo em segunda mão, que custou mil escudos.
Depois do 25 de abril de 1974, acabou por ficar em Portugal, onde esse ano se estreou como ator no Teatro ABC, com a peça “Uma no Cravo, Outra na Ditadura”. O seu talento não passou despercebido e Nicolau Breyner, em conjunto com o administrador da RTP, João Soares Louro, levou-o a estrear-se como ator na televisão. Em 1975 participou no “Sr. Feliz e Sr. Contente”, rubrica inserida no programa “Nicolau no País das Maravilhas” e a crítica foi certa: “O veterano Nicolau Breyner tinha finalmente encontrado um parceiro à altura”.