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Há uma nova exposição imperdível em Coimbra sobre o início da República

Papel da cidade na construção da democracia do País é evidenciado. Pode visitar a mostra de terça-feira a domingo.
Visite a mostra até 5 de novembro.

5 de Outubro de 1910 é uma data histórica para Portugal: a monarquia caiu e a vontade do povo de instaurar um regime mais democrático prevaleceu. Próxima deste feriado nacional, a exposição “Construir a República” pretende aproximar o público desta importante fase da história do País.

A inauguração da mostra decorreu na Sala de Exposições Temporárias do Edifício Chiado, junto ao Arco de Almedina, no sábado, 16 de setembro, e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, da coordenadora geral da exposição e chefe de Divisão de Museologia da autarquia, Elisabete Carvalho, e do responsável pelo Museu da República e Maçonaria, Aires Henriques. Ambos apresentaram o propósito e o contexto de surgimento da exposição.

José Manuel Silva começou por sublinhar que este evento cultural faz jus não só à data da Implantação da República, como também à do Tratado de Zamora, já que Coimbra, cidade que sempre se envolveu na luta pela democracia, foi outrora capital do País. A mostra de cariz documental e histórico constitui, segundo José Manuel Silva, uma “enorme mais-valia cultural e histórica” para Coimbra e destaca o papel que a cidade teve na implantação do regime republicano “por força do movimento estudantil que aqui cresceu”.

A coordenadora geral sublinhou “a importância de figuras de Coimbra, nos primeiros anos da República, como António José de Almeida, Manuel de Arriaga e António Augusto Gonçalves”.

“Construir a República” explica como é que vários fatores como o mapa cor-de-rosa, o regicídio e a influência da Maçonaria e da Carbonária, levaram o País ao 5 de Outubro de 1910. Elisabete Carvalho revelou que o processo de investigação resultou em “textos com o essencial da informação” sobre as etapas que levaram à Implantação da República.

No espaço, os visitantes vão poder encontrar bustos, capas de jornais, folhetos, pinturas e loiças gravadas, entre outros materiais gráficos representativos das “opiniões e movimentos sociais da época”, nomeadamente “uma peça de D. Carlos, conhecido por ser um grande admirador das artes e da cultura”.

O presidente da Câmara Municipal admite ser “um prazer honrar a memória da República e de Coimbra” com a exposição, pronta a receber “tanto portugueses como estrangeiros, estando num circuito turístico por excelência”. São possíveis visitas até 5 de novembro, de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas, sábados e domingos, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas.

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