A música está a chegar novamente às ruas de Coimbra. A partir de 1 de junho, o centro da cidade vai receber mais de 100 artistas em mais uma edição do festival Epicentro. Este ano, a aposta será no cruzamento de públicos e em reviver alguns dos espaços mais icónicos da cidade. O programa estará pelas principais artérias de Coimbra até 1 de setembro, com animação tanto para os adultos como para os mais novos.
Ao longo de três meses, a Baixa vai receber concertos, oficinas, conversas, DJ sets, sessões de cinema, visitas e residências artísticas, numa iniciativa realizada em colaboração com o Verão a 2 tempos, a Câmara de Coimbra e o festival Epicentro, da Blue House. A melhor parte é que todos os concertos e espetáculos são de entrada gratuita.
O principal objetivo do evento é “potenciar novas leituras e reflexões sobre os centros das cidades” através da reabilitação dos edifícios, estejam abertos, encerrados ou em transição, das ruas, dos percursos e monumentos, pela cidade de Coimbra. O Festival organiza-se em diversos ciclos: sismos, réplicas, ciclo 2 tempos, palco epicentro, festas oficinas epicentro, acolhimento noutras programações, conversas na Baixa e programação convergente.
Para esse efeito, a cidade vai acolher mais de 100 artísticas nacionais, onde podemos esperar nomes como A garota não, Bruno Pernadas, Margarida Campelo, A Azenha, Surma, Pedro Branco, Evaya, João Hasselberg e Joana Espadinha. A estes vão juntar-se artistas locais, como Luís Figueiredo, João Mortágua ou Coro das Mulheres da Fábrica.
A maioria das residências artísticas vão ser apresentadas no ciclo verão a 2 tempos, com concertos às sextas-feiras e sábados, entre as 19 e as 22 horas. O palco principal, Epicentro, vai estar na Praça do Comércio, com concertos às terças e quintas-feiras. As oficinas para os mais novos vai acontecer durante 11 semanas, às sextas-feiras.
A rubrica sismos prevê-se que decorra em programações intensas, ao longo do dia. Enquanto para a réplicas, estão reservadas atuações de residências em dias e horários não coincidentes com os restantes ciclos. Já a programação convergente estende-se até 28 de setembro, em Coimbra.
As conversas, exposições e alguns concertos realizam-se em algumas lojas da Baixa que, neste momento, se encontram vazias. A programação estende-se durante três meses no centro histórico da cidade e passa pelas ruas mais emblemáticas, como Praça do Comércio, Largo do Romal, Largo do Poço ou Largo da Freiria. Conta ainda com a participação entidades culturais da cidade, tais como Centro de Artes Visuais, A Fábrica, Teatro da Cerca de São Bernardo e Salão Brazil.
“É uma programação bastante ambiciosa, pois procurou trazer a Coimbra, maioritariamente artistas e criadores emergentes do panorama nacional, alguns desconhecidos do grande público, que terão a oportunidade de mostrar o seu trabalho num contexto diferente, mais próximo e informal”, explica João Silva, coordenador da Blue House. Além disso, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, realçou a importância de uma programação cultural “de forma democrática e participativa”.
Conheça alguma da programação dos concertos do Festival Epicentro.