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Esta exposição só dura 48 horas e vai abrir as portas da antiga Coimbra Editora

232 Celsius é o nome da exposição do Coletivo Pescada N.º 5 que conta com trabalhos de 70 artistas.
O coletivo Pescada N.º 5 é o responsável pela exposição.

Depois de vários anos fechado, o edifício da antiga Coimbra Editora, na Rua do Arnado, que agora pertence à tecnológica Critical Software e está fechado há anos, vai abrir portas mas só por 48 horas. A culpa é da exposição flash 232 Celsius, do Coletivo Pescada N.º 5 que vai acontecer este fim de semana, dias 12 e 13 de novembro.

Na sequência de Admirável Mundo Novo (2021) na Sociedade Porcelanas Coimbra e É Primavera no Paço dos Condes de Tentúgal (2022), o coletivo apresenta-se nos antigos armazéns da Coimbra Editora, um lugar à espera de ser descoberto. A exposição estabelece diálogo com o romance “Fahrenheit 451” de Ray Bradbury e conta com o trabalho de mais de 70 participantes portugueses que têm desenvolvido objetos, instalações e performances relacionadas com três diferentes temas: a memória, o fogo e a palavra. Entre eles estão Adolfo Caboclo e Luís Januário.

A Critical Software, que comprou o edifício em 2018 e chegou a anunciar a mudança da sede (que funciona no Parque Industrial de Taveiro) para lá, decidiu abrir o espaço à cidade e às memórias dos que por lá passaram. “Na Coimbra Editora já não se fazem livros. Mas pode nascer muito do que faz um livro, como seja, partilha, criatividade, vontade de construir comunidade, ou de intervir no mundo. Estamos muito entusiasmados por acolhermos a Pescada N.º 5”, afirma Gonçalo Quadros, chairman da tecnológica de Coimbra. 

Nas instalações relacionadas com a “memória”, os artistas mergulham nas suas recordações e entram no realismo fantástico ou memórias falsas que estão relacionadas com a perceção que se tem quando se pensa numa situação vivida. Já no tema “fogo”, a ideia das instalações é mostrar a propriedade que o fogo tem de conseguir consumir e destruir por completo objetos. No tema da “palavra” foi pensado na parte escrita em papel, de forma artesanal e mecânica dialogando sempre com a oralidade. A exposição do Coletivo Pescada N.º 5 estará aberta no dia 12 de novembro (sábado), das 15 horas até às 22h30, e no dia 13 de novembro (domingo), das 15 até às 18 horas.

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