Até 1 de setembro, Coimbra vai receber dezenas de artistas internacionais para dar som à cidade. A oitava edição do projeto “Dar a Ouvir” começou no dia 18 de julho e é desenvolvido pelo Serviço Educativo do Jazz ao Centro, em coorganização com o Convento São Francisco e o Município de Coimbra.
O “Dar a Ouvir” nasceu em 2016, com o intuito de dar a “conhecer a cidade de Coimbra a partir da cultura auditória” e sensibilizar para a escuta e o processo de descoberta através deste sentido, explica a organização. Nestes meses, a cidade acolhe artistas de todo o mundo, desde o Brasil, Eslovénia, Espanha e ainda Suécia.
A programação deste ano envolve as temáticas na escuta “do não-humano”, dando especial atenção à paisagem sonora característica conimbricense, enquanto “carácter central e fundamental”. Neste mundo da audição, o ambiente urbano coexiste com a comunidade e é exatamente isso que compõe o mundo.
Nesse sentido, o projeto abre portas ao Convento São Francisco e Salão Brazil, com a promoção de concertos, conversas, exposições, oficinas e ainda espetáculos sonoros. Até ao final deste mês, pode assistir à performance sonora de Gil Delindro, marcada para 31 de agosto, pelas 17 horas, na sala D. Afonso Henriques no Convento São Francisco. O espetáculo é gratuito e está inserido no Festival Cem Portas.
Ainda no dia 31 de agosto, está previsto um concerto do Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra pelas 19 horas, em parceria com Festival Epicentro. O projeto nasceu em 2013 dirigido pelo paisagista sonoro Luís Antero e pretende explorar questões, tais como “quais os sons que a nossa cidade incorpora?”. A entrada é livre.
Os bilhetes para todos os dias podem ser levantados entre as 15 e as 20 horas no Convento São Francisco. Cada pessoa pode levantar apenas dois bilhetes de cada vez e não são permitidas reservas.