A mais recente banda pop/rock de Coimbra promete continuar a dar que falar. É formada por quatro elementos: Bruno Antunes (baterista de 28 anos), João Antunes (vocalista de 23 anos), Miguel Luís (guitarrista de 23 anos) e Luís Carvalho (baixista de 25 anos) que, apesar de terem uma forte relação familiar, também se consideram amigos.
Conheceram-se por morarem próximos uns dos outros e estudado na mesma escola no Senhor da Serra, até ao 9.º ano, com exceção de Bruno, por ser relativamente mais velho. Anos mais tarde, Miguel e Luís, cada um com projetos e atividades distintas na altura, encontraram-se num concerto, em que Bruno, João e o pai tocaram numa banda de música portuguesa. Luís era técnico de luzes, Miguel era guitarrista, João tocava teclas e Bruno o baixo.
Nessa altura aperceberam-se que partilhavam os mesmos gostos musicais e, como Miguel e Luís nunca tinham feito parte de uma banda, nasceu rapidamente o projeto Mountain Valley, em meados de 2018. Seis anos do começo desta jornada, já lançaram um EP “Sinopse”, em 2021, com muitos temas e concertos pelo meio.
No entanto, 2024 foi um ano um pouco diferente para a banda, já que foi passado apenas dentro do estúdio. Como resultado dessa aposta introspetiva, nasceu mais um single “Cisma (da minha cabeça)”, disponível desde a passada sexta-feira, 28 de junho, que promete ser o primeiro deste ano, mas não o último.
“Para este tema, procurámos uma sonoridade diferente, algo mais moderno e acordes de guitarras mais intensos”, explica a banda à New in Coimbra. O objetivo é abordar a temática da autossabotagem através de problemas reais, que já fizeram parte do passado da banda, ao colocá-los na vida de um cidadão comum.
“É, sem dúvida, o tema mais perto da sonoridade que pretendemos mostrar às pessoas. Queremos mostrar quem são realmente os Mountain Valley e conquistar as pessoas com temáticas que achamos que se irão relacionar”, sublinham. Todos os membros realçam que esta mudança aconteceu naturalmente, com referências musicais diferentes até unirem todas as propostas na mesa. “O processo criativo é muito distinto de todas as vezes, mas acabámos por juntar todas as ideias até chegarmos a um senso comum”, acrescentam.
Este ano, decidiram afastar-se dos palcos para criar um projeto conciso e coeso. “Daqui a uns meses esperamos lançar mais temas com estilo de música acelerado. Fazer algo diferente do que temos feito até aqui”. Para isso, trabalharam com o produtor Luis “Twins” Pereira, com mistura do Sine Factory. O videoclip foi elaborado por David Conceição.
“Para o vídeo juntámos todos os membros em que cada um tem um lema e um problema diferente, algo que pode acontecer a qualquer pessoa, de modo que se identifiquem. Geralmente são sempre limitações que colocamos em nós mesmos, de ‘será que sou bom o suficiente’ e pensamentos desse género”, reforçam. “Por exemplo, o Bruno será um rapaz a entregar currículos e no final do dia sente que nenhum daquele esforço irá compensar. Ou seja, é a cabeça dele e o pessimismo a falar”, conclui.
Relativamente ao futuro, os Mountain Valley esperam que os temas consigam abrir-lhes novas portas e afirmarem-se na indústria de música portuguesa. “A verdade é que sempre pensámos nisto como uma paixão. Neste momento já é algo mais sério e é um sonho levar este projeto para outro patamar”.
De momento ainda não têm concertos futuros na agenda, mas assumem que pretendem “ser um marco para a música portuguesa e fazer a diferença na música ao vivo, com concertos energéticos e com uma sonoridade diferente do que há em Portugal”. Gostariam de, no futuro, chegar a atuar em festivais como o Rock in Rio, NOS Alive ou ainda em palcos como a Meo Arena e os Coliseus.
Em seguida carregue na galeria e veja algumas imagens da banda em concerto.