A primeira temporada de “A Diplomata” estreou na Netflix a 20 de abril de 2023 e tornou-se na 12.ª produção mais assistida da plataforma em 2023. Acumulou um total de 267 milhões de horas de visualização. A 1 de novembro, regressou com um novo conjunto de episódios e, como seria de esperar, já é a série mais vista no momento — em Portugal e no resto do mundo.
Esta é a história de Kate Wyler (Keri Russell), a diplomata que está no centro da ação e no título da produção. Ela é nomeada como a nova embaixadora norte-americana no Reino Unido, mas está relutante quanto ao cargo, até por ser mais cerimonial do que desejava.
Mais do que uma série focada no desenvolvimento da narrativa, “A Diplomata” acompanha o dia a dia da mulher. O quotidiano da diplomacia envolve inúmeras reuniões à porta fechada, em grandes edifícios estatais, onde se discutem de forma enérgica incidentes isolados, mas também o momento de países-chave como a Rússia, o Irão ou o Afeganistão.
Os diplomatas têm de contactar fontes, obter informações, conhecer e avaliar a situação política e social de cada território. Quando chegam novos dados sobre cada assunto — o que acontece constantemente — têm de ajustar todos os planos que fazem e emitir novas orientações. É um trabalho complexo, eternamente inacabado, e fulcral para assegurar os interesses, neste caso, dos Estados Unidos da América.
Nos seis novos capítulos — a temporada anterior teve oito —, a narrativa vai explorar novas facetas de Kate, aumentando o realismo e a intensidade das situações, algo que a atriz de 48 anos destaca graças ao “toque de drama com uma pitada de humor”, explicou ao jornal “Infobae”. O objetivo era trazer leveza no meio das tensões crescentes.
A diplomata vai, mais uma vez, enfrentar conflitos que colocam à prova a sua lealdade e ética. Além disso, a pressão intensifica-se. “Queremos que o público sinta a complexidade de equilibrar vida pessoal e responsabilidade profissional num ambiente de alta pressão”, disse Debora Chan, a criadora.
A segunda temporada aprofunda este dilema com um toque sombrio, explorando até onde Kate está disposta a ir para proteger o seu país e, ao mesmo tempo, enfrentar os desafios da sua relação com Hal Wyler, interpretado por Rufus Sewell.
O ator de 57 anos acredita que o relacionamento é o maior alívio cómico da narrativa. Como exemplo, aponta para um momento em que Kate arranca um penso de Hal sem nenhum aviso. “É ótimo termos estes momentos mais disparatados no meio de questões tão sérias. Ajuda a tornar a relação deles mais autêntica e acrescenta algumas nuances.”
Kerri não podia estar mais de acordo e nota que isso só foi possível graças à amizade que desenvolveu com o colega. A proximidade deu azo a improvisos de algumas falas que acabavam, não raras vezes, por ficar na versão final.
Além do humor, outro aspeto bastante presente na nova temporada é a diversidade de localizações. Muitas das cenas foram filmadas em embaixadas e locais históricos do Reino Unido, e não num estúdio, o que proporcionou “mais autenticidade”, aponta Russell. “Filmar nestes locais ajudou-me a sentir o peso das decisões da Kate. Nós brincávamos e dizíamos que também estávamos a entrar nos bastidores do poder.”
Apesar da boa experiência que os atores tiveram, a produção também acarretou algumas dificuldades, especialmente para a realizadora que, por vezes, tinha dificuldade em capturar a seriedade da diplomacia devido ao ritmo acelerado da narrativa. “Tenho tido esta dificuldade desde a primeira temporada, mas o facto de a Kerri e o Rufus se darem tão bem acaba por ser uma ajuda. Também lhes peço sempre opiniões. Somos uma equipa bastante próxima”, assegura.
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