O Centro de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) vai promover, no âmbito do seu Programa Educativo, uma convivência criativa este sábado, dia 23 de setembro. A iniciativa, intitulada O Lugar do Espetador Vivenciado, vai contar com a presença das artistas Ana Peréz-Quiroga e Helena Valsecchi, assim como do curador João Silvério.
O evento inclui uma visita pelo Jardim Sereia, a começar às 14h30, orientada por Jorge Cabrera, também artista e coordenador do Programa Educativo. A sessão vai terminar com um momento de partilha entre os vários integrantes da atividade, por volta das 17h30. O evento é gratuito, mas a inscrição é obrigatória. A inscrição pode ser feita a partir das redes sociais e tem um limite de 20 pessoas.
O objetivo por detrás da convivência criativa é, segundo João Silvério, a criação de um “momento de aproximação entre público e artista”. O curador explica que, ao desenvolverem estas iniciativas é possível construir “um espaço tencionado” pelas trocas experimentais para um público emancipado”.
João Silvério refere que, enquanto projeto de exposição, O Lugar do Espetador Vivenciado pretende ser “um encontro de dois percursos”. Um dos percursos cinge-se ao fruto da obra de cada uma das artistas convidadas, enquanto o outro diz respeito à “experiência da paisagem desenhada pelo jardim que acolhe o espaço construído”.
As obras apresentadas durante a convivência criativa têm como base, segundo o curador, um texto do autor Italo Calvino, intitulado “Autobiografia de um Espetador”, integrante no livro “O Caminho de San Giovanni”. Nesse sentido, João Silvério explica que as criações artísticas de Helena Valsecchi e Ana Pérez-Quiroga pretendem criar uma articulação entre a arquitetura das salas de exposição e o Jardim da Sereia, de forma a explorar o tema principal do texto do escritor italiano, que passa pela “sua paixão pela narrativa dos ecrãs”.
João Silvério salienta que o lugar do espectador desta experiência vai ser um “espaço de reconfiguração da memória”, através da exploração do “cruzamento entre a arte e a vida” enquanto “construção cinematográfica”.