Os macacos vivem finalmente em paz e harmonia na Terra e os humanos escondem-se nas sombras com medo da tirania dos primatas. Enquanto um novo líder constrói o seu império, um jovem macaco parte numa viagem que o leva a questionar se aquilo que sempre aprendeu corresponde, de facto, à realidade. As suas decisões vão definir o futuro dos símios e dos homens numa aventura cheia de ação«.
A nova obra da saga “Planeta dos Macacos”, que começou em 1968, estreou esta quinta-feira, 9 de maio, nos cinemas portugueses. Agora, os atores já não precisam de usar máscaras irrealistas para interpretarem os macacos — tudo graças à magia dos efeitos especiais.
Escusado será dizer que o elenco mudou desde a produção original dos anos 60. Os protagonistas de “O Reino do Planeta dos Macacos” são Owen Teague, Freya Allan, Kevin Durand, Peter Macon, William H. Macy, Eka Darville e Travis Jeffery.
O coração do filme é mesmo Owen, de 25 anos, protagonista de “It”. Aqui, o ator interpreta Noa, o chimpanzé que parte na tal aventura que desafia todos os seus preconceitos. “Ele é metade macaco”, brinca Kevin Durand em conversa com a “Geek Culture”, fazendo referência à naturalidade que o norte-americano teve ao encarnar o primata. “Mexe-se de uma forma perfeita para o papel. Quando o realizador [Wes Ball] viu a audição dele, soube logo que era a pessoa ideal para a personagem.”
Esta imersão não foi tão fácil para os restantes membros do elenco. “Precisámos de ir para uma escola de macacos e de muitos ensaios para percebermos como é que os nossos corpos humanos se poderiam mover de forma mais primata. Podemos dizer que alguns são mais chimpanzés do que os outros.”
Mesmo quando não estava a gravar, Owen mantinha-se em personagem, o que também acabou por ser uma ajuda para os restantes colegas. “Bastava estar ao pé dele para melhorar as minhas técnicas para o filme”, diz, desta vez, Peter Macon.
Como se manteve sempre fiel ao papel, o corpo de Owen Teague acabou por mudar drasticamente. As calças, por exemplo, deixaram de lhe servir porque passava muito tempo agachado, o que fez com que os seus glúteos e músculos das pernas aumentassem consideravelmente de tamanho.
O antagonista do filme de ação e ficção-científica é Proximus Caesar, interpretado por Kevin Durand, de 50 anos. Para Wes Ball, ele destaca-se dos outros vilões da saga porque aquilo que diz não é propriamente errado.
Trata-se de uma figura que vai impactar o destino de Noa nas próximas obras que já estão a ser planeadas pelo realizador. “Acho que, enquanto público, evoluímos e esperamos mais profundidade nos nossos vilões. É interessante porque o Noa tem de considerar o que o Proximus lhe diz e ele vai levar isso para filmes futuros”, conta ao “Screen Rant” o cineasta que já trabalhou em “Maze Runner” e “Star Trek”.
Outra personagem muito relevante em “O Reino do Planeta dos Macacos” é Mae, interpretada por Freya Allan, de 22 anos. Acompanha o protagonista ao longo da sua jornada e, com o decorrer da obra, percebemos que “a história não é sobre o Noa, mas sim sobre o Noa ao lado da Mae”.
“Ela é um enigma que vamos desvendando pouco a pouco até aos últimos minutos, quando uma porta se abre e surgem novas possibilidades para a espécie humana. A relação que eles formaram vai ser muito importante para o drama que podemos criar nos próximos filmes, se tivermos a sorte de estes chegarem a acontecer.”
Se a oportunidade surgir, Freya terá todo o gosto em regressar ao papel, especialmente se puder trabalhar com Wes Ball. “Raramente encontramos um realizador assim. É muito criativo, tem uma visão definida e consegue construir um mundo incrível. Ao mesmo tempo, é muito empático e inteligente. Ficava sempre fascinada quando ele me dava conselhos”, conta a atriz à mesma publicação.
No Rotten Tomatoes, a obra conta com uma pontuação de 84 por cento com base em 104 avaliações dos críticos. “Por mais que ‘O Reino’ se inspire no filme de 1968, Ball também foi claramente influenciado pelo que surgiu desde então no género”, descreve o “New York Post”.
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