cultura

A nova peça de teatro em Coimbra vai à caça do “Rato de Biblioteca”

Peça do grupo Marionet é apresentada a 14 de junho, numa iniciativa integrada no centenário da Biblioteca Municipal.
Foto Tiago Cerveira.

“Rato de Biblioteca” é a habitual expressão popular para designar os fanáticos pelos corredores das bibliotecas. É também o título da nova peça de teatro que pretende celebrar o centenário da Biblioteca Municipal de Coimbra.

Inrerpretada pelo grupo de teatro Marionet, a peça é o resultado de uma caminhada pelas instalações da biblioteca, que levou a Marionet a corredores a onde “nenhum rato” se tinha aventurado antes. A apresentação tem lugar a 14 de junho, às 18 horas, nas instalações da Biblioteca Municipal de Coimbra. A entrada é gratuita e terá interpretação em língua gestual portuguesa.

Na sinopse, o grupo de teatro conimbricense refere que “os ratos de biblioteca agora são de outra espécie”. “Dizem que já não querem saber dos livros, que roem de fora para dentro. Entre as histórias dos leitores, dos arquivos, das estantes, das tábuas do soalho, encontramos fantasmas, homens nus, familiares que nunca conhecemos, lugares que cristalizámos, interesses escondidos.”

A peça pretende ser “um bom pretexto para questionar a forma como a sociedade em que nos inserimos se relaciona com os espaços e pensa os serviços públicos”. “Podemos garantir que hoje qualquer pessoa tem acesso gratuito a todos os livros que quiser ou precisar de ler?”, questionam.

Baseada num texto de Joana Ferrajão com encenação de Mário Montenegro, “Rato de Biblioteca” é interpretada pelos atores Carolina Andrade e Zé Ribeiro. A direção técnica está a cargo de Guilherme Pompeu e a música e sonoplastia pertence a Marcelo dos Reis.

“Marionet” é uma companhia de teatro orientada para a promoção e disseminação das culturas artística e científica através de atividades de cruzamento entre as artes performativas e as ciências. “O que nos move é o questionamento e a reflexão sobre o mundo, apoiados neste cruzamento disciplinar. Criamos espetáculos, fazemos investigação, organizamos colóquios e leituras, damos formação, fazemos filmes, editamos livros, partilhamos um centro de documentação”, referem.

MAIS HISTÓRIAS DE COIMBRA

AGENDA