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cultura

A banda de Coimbra que promete ser o novo fenómeno da música nacional

"Em Espiral" é o single mais recente dos Mountain Valley, que irá integrar o primeiro álbum lançado em breve.
A banda ambiciona chegar aos grandes palcos do País.

Chama-se Mountain Valley e é a mais recente banda de pop rock/pop conimbricense, que está a dar que falar. É formada por quatro elementos: Bruno Antunes (28 anos), João Antunes (22), Miguel Ângelo (23) e Luís Carvalho (25), que têm uma forte relação de amizade, o que facilita bastante na hora de fazer magia no “tijolo mágico”, nome que dão ao local onde ensaiam e produzem os seus temas.

Os elementos conheceram-se por morarem próximos uns dos outros e terem estudado na mesma escola, Ferrer Correia, no Senhor da Serra, até ao 9.º ano, exceto Bruno, que é relativamente mais velho. Mais tarde, Miguel e Luís, cada um com projetos e atividades distintas na altura, encontraram-se num concerto, em que Bruno, João e o pai estavam a tocar numa banda de música portuguesa. Luís era técnico de luzes, Miguel era guitarrista, João tocava teclas e Bruno tocava baixo.

Foi nessa altura que perceberam que partilhavam os mesmos gostos musicais e, como Miguel e Luís nunca tinham feito parte de uma banda, apesar do “interesse na música ter estado sempre presente”, surgiu a ideia de formarem um projeto musical. Juntaram-se em dezembro de 2018 e inicialmente faziam música apenas “por diversão”, como contaram em entrevista à New in Coimbra.

Começaram por escrever e cantar músicas em inglês, “mas o sotaque do vocalista [João] não ajudou a que voassem mais longe”, disse em tom de brincadeira o guitarrista da banda. Por essa razão, decidiram voltar-se para a escrita em português. De uma brincadeira, cresceu algo sério e, a 21 de setembro de 2019, estrearam-se em palco. Menos de um ano depois, a 15 de maio de 2020, apresentaram o seu primeiro tema: “Neblina”.

Na fase em que a banda se estava a preparar para começar a gravar os seus primeiros temas, chegou a pandemia de Covid-19. De acordo com André Antunes, agente da banda, toda a equipa teve de se adaptar à situação, sendo que as atividades musicais foram suspensas temporariamente.

Um ano depois da apresentação do primeiro tema, os Mountain Valley lançaram o EP “Sinopse”, com quatro músicas escritas e produzidas pelos elementos da banda. Com este EP, os jovens pertencentes ao distrito de Coimbra, encerraram o primeiro capítulo artístico da banda. “Neblina”, “Desalento”, “Devaneio” e “Verde Tempo” são as músicas que constam neste EP. De seguida, lançaram os temas “Saudar o Fim” e “Super(Ação)” como afirmação de um novo rumo artístico.

Até agora, já pisaram palcos como o AgitÁgueda, a Queima das Fitas de Coimbra, a Expo Miranda e o Convento São Francisco. Como inspirações, destacam bandas internacionais como Coldplay e U2. No panorama nacional apontam os nomes de David Fonseca, Tiago Bettencourt, Richie Campbell e os Da Weasel, tanto pela estética como pela musicalidade.

Recentemente, lançaram o primeiro single daquele que será o seu álbum de estreia. “Em Espiral” já contou com a ajuda de um produtor, que trabalhou com Os Quatro E Meia e o videoclip foi gravado em Porto Covo, para transmitir “uma sensação de verão” e a ideia daquilo que consideram ser a sua música e os seus gostos: “convívio, estrada e concertos”.

Com este projeto, que ainda não tem data definida de lançamento, os Mountain Valley estão, pela primeira vez, a apostar na sua profissionalização e respetiva entrada na indústria da música nacional. Acreditam que este se trata de um projeto bastante sólido, com potencial para entrar pela casa, pelos carros e pelo dia a dia geral dos portugueses, existindo, portanto, temas que tentarão negociar para grandes rádios, novelas e programas que se enquadrem com a sonoridade da banda.

Dos seus elementos, Miguel e Luís dedicam-se somente à música, estando a estudar nessa área. João também é estudante universitário e Bruno já é trabalhador. Os músicos escrevem as letras das suas canções sempre em conjunto, por vezes com a ajuda de amigos, que gostam de se envolver no processo e mostrar apoio, assim como as melodias.

De momento ainda não têm concertos futuros na agenda, mas assumem que pretendem “ser um marco para a música portuguesa e fazer a diferença na música ao vivo, com concertos energéticos e com uma sonoridade diferente do que há em Portugal”. Gostariam de, no futuro, chegar a atuar em festivais como o Rock in Rio, NOS Alive ou ainda em palcos como a Altice Arena e os Coliseus.

Contudo, reconhecem que não é fácil enveredar neste “mundo do espetáculo” e o facto de serem de Coimbra, longe da capital, condiciona um pouco o crescimento da banda. Apesar de afirmarem que em Coimbra existem excelentes produtores, consideram que em Lisboa existe mais procura, sendo que, por vezes, têm que se deslocar até lá para reuniões. No entanto, ponderam continuar por Coimbra nos próximos tempos.

Em seguida carregue na galeria e veja algumas imagens da banda em concerto.

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