cultura

7 concertos a que ainda pode assistir este mês no Salão Brazil

Música de improviso, de dança, jazz ou eletrónica, há para todos os gostos. Os bilhetes custam entre 6€ e 15€.
Puta da Silva é um dos destaques.

O Salão Brazil, em Coimbra, entrou em 2023 com uma programação marcada pela já habitual diversidade de linguagens e abordagens artísticas. O concerto de The Monkious marcou o arranque do ano, a 7 de janeiro, mas ainda há mais sete espetáculos para ver este mês no espaço icónico da Baixa da cidade.

A 13 de janeiro, sexta-feira, o Salão acolhe a apresentação do disco de estreia do guitarrista João Carreiro, “Pequenos desastres”, recentemente editado pela Robalo Music. O concerto vai contar com a presença de João Carreiro (guitarra e composição), Albert Cirera (saxofones), Gonçalo Marques (trompete), Demian Cabaud (contrabaixo) e João L. Pereira (bateria). “As composições são pequenas ideias que servem de ponto de partida para a improvisação conjunta, refletindo o percurso do músico, entre o jazz e a música improvisada”, refere uma nota do Salão Brazil. Os bilhetes, à venda online, custam 7€. 

No sábado, dia 14, o palco ficará a cargo de Puta da Silva+ Farofa/Phephz, numa parceria com a Gig.Rocks e Kebraku. Mais do que apenas uma nomenclatura, Puta da Silva reflete o estado de espírito de uma multiartista afrotravesti, imigrante e trabalhadora. A artista tem já um vasto trabalho desenvolvido no Brasil e além-fronteiras, nas áreas da música, performance e curadoria/direção de espetáculos.

A transpiração mantém-se com uma proposta de clubbing que manterá a noite viva com Farofa e Phephz, sublinhando o papel essencial que a Kebraku encabeça ao ser uma montra e um estímulo agregador na promoção do trabalho de uma série de artistas não europeus. Os ingressos custam 6€ para compra antecipada e 8€ no próprio dia. Estão à venda nas lojas parceiras e online.

Dia 19, quinta-feira, será a vez de Batida DJ agitar o palco do Salão. Munido de uma mesa de mistura e de um microfone, Pedro Coquenão tem criado e desenvolvido trabalho com rádio, música, dança, artes visuais e plásticas. Soma DJ Sets em cidades como Londres e Paris e tornou-se o primeiro artista português e angolano e protagonizar uma sessão do Boiler Room. Tem músicas e remisturas espalhadas por catálogos como Soundway, Crammed, Fabric, BBE, Beating Heart, On The Corner Records ou Lusafrica. Este espetáculo, com bilhetes a 10€ nas lojas parceiras e 15€ na bilheteira do Salão, surge a propósito das comemorações do quinto aniversário da Grama.

Na sexta-feira, dia 20, o espaço vai receber os Broken Time Machine, banda formada por Pedro Ramos, Diogo Joaquim, Francisco Santos, Carlos Martinho e Pedro Baptista. Classificando-se como banda de indie-rock, apresentam composições que misturam andamentos e melodias melancólicas do R&B e Blues, com sonoridades explosivas e rítmicas do pós-punk e rock. Os Broken Time Machine tocam juntos desde 2020 e estão prestes a lançar o seu primeiro EP, “Call Me By My Name”, gravado nos estúdios da Blue House (exceto o tema “It’s gonna be ok”). As entradas, que pode comprar online, custam 5€. 

A semana termina apenas no dia seguinte, sábado, 21, com um concerto de FUSHI. Com André Fernandes na guitarra e eletrónica, Sara Badalo na voz e loops e André Fazão na bateria, “o grupo produz uma música que nos transporta de um lugar de conforto para outros inesperados, aliando o som da guitarra à voz ora cristalina, ora processada até ao ponto de se assemelhar a novos instrumentos”, afirma a nota do Salão Brazil. “Os FUSHI criam uma experiência que se assemelha a uma viagem que nos leva dos sons orgânicos do jazz às sonoridades da pop até à desconstrução de tudo isto, num só movimento criativo em cada atuação”, acrescenta. A entrada custa 7€. 

O trio The Acrylic Rib, formado por Albert Cirera (saxofones), Olie Brice (contrabaixo) e Nicolas Field (bateria), sobe ao palco no dia 27. Tocam música improvisada numa viagem que vai do free jazz a um contraponto melódico, entre texturas ruidosas e interações timbrais delicadas. Tendo já tocado entre si, mas nunca em conjunto, era demais evidente o desejo de formar um trio. Findos os confinamentos impostos pela pandemia, juntaram-se e o seu álbum de estreia será lançado em março deste ano. Os ingressos estão à venda online por 7€. 

Os Ganso vão marcar presença no Salão Brazil a 28 de janeiro e encerram os concertos do mês neste espaço da cidade. Depois de editarem o seu último disco em 2019 e de percorrer uma bonita aventura com o Conjunto Cuca Monga, a banda regressou com dois singles: “Gino (O Menino Bolha)” e “Sorte a Minha”. Os bilhetes custam 10€. 

MAIS HISTÓRIAS DE COIMBRA

AGENDA