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5 curiosidades sobre o local de romance de D. Pedro e D. Inês em Coimbra

Do requintado palácio ao romântico jardim, a Quinta das Lágrimas tem uma história que prova que do amor se fazem grandes obras.
A NiC conta-lhe tudo.

A Quinta das Lágrimas é um verdadeiro recanto de histórias — e memórias — desde o século XIV. Foi o cenário do romance proibido do príncipe D. Pedro com a fidalga Inês de Castro e tem um dos mais belos jardins botânicos do mundo com espécies raras e valiosas. 

À beira do rio Mondego, com um hotel de luxo num palácio do século XIX, um tranquilo spa e um restaurante com estrela Michelin, é um retiro para quem procura paz e conforto. Ao longo dos seus 18,3 hectares, o amor está por toda a parte. 

A “Quinta do Pombal” 

Nem sempre a Quinta das Lágrimas teve este nome. Na verdade, a propriedade chamava-se “Quinta do Pombal”, uma quinta agrícola e um couto de caça da Família Real Portuguesa, que habitava em Coimbra.

As lendárias  “Fonte dos Amores” e “Fonte das Lágrimas” 

A Quinta das Lágrimas convida a um vista à “Fonte dos Amores” e “Fonte das Lágrimas”, que constituem uma memória viva do amor de D. Pedro e D. Inês. 

De acordo com os registos históricos, o documento mais antigo que menciona a propriedade é de 1326, ano em que a Rainha Santa Isabel mandou construir um canal que levasse a água das duas nascentes próximas até ao Convento de Santa Clara. Mais tarde, este canal serviu para levar as cartas que D. Pedro e D. Inês trocavam entre si apaixonadamente. Posteriormente, o sítio de onde sai a água foi apelidado de “Fonte dos Amores”, que está protegido por uma figueira-da-austrália de grande porte.

Já a “Fonte das Lágrimas”, nome atribuído pelo poeta Luís de Camões no livro “Os Lusíadas”, tem uma origem mais trágica. Foi neste local que D. Inês perdeu a vida ao ser assassinada a mando do rei D. Afonso IV. A lenda conta-nos que as lágrimas vertidas pela fidalga deram origem às águas e que o seu sangue ficou preso nas rochas do leito. Ainda hoje se vê uma intrigante mancha de algas avermelhadas na rocha, capaz de questionar até os mais céticos. 

A visita do Visconde de Wellington 

Em 1813, o Visconde de Wellington, comandante das tropas luso-britânicas que defendiam o reino das forças francesas de Napoleão Bonaparte, esteve hospedado na Quinta das Lágrimas. De forma a agradecer a sua prazerosa estadia, mandou plantar duas raras sequóias perto da “Fonte dos Amores” e erguer uma lápide com a estrofe de “Os Lusíadas”, que faz referência à história de Pedro e Inês, junto à célebre Fonte das Lágrimas.

Quem é o proprietário da Quinta das Lágrimas 

Ao longo dos séculos, a quinta esteve na propriedade da Universidade de Coimbra, de uma ordem religiosa e da família Osório Cabral de Castro. Hoje, pertence à sociedade anónima “Quinta das Lágrimas, SA”.

O incêndio de 1879 

Em 1879, as chamas de um violento incêndio destruíram o palácio original, mandado construir pela família Osório Cabral de Castro. Posteriormente, foram feitas obras de requalificação. A propriedade foi reconstruída no estilo dos antigos solares rurais portugueses, com biblioteca e capela. Ao redor do palácio estão presentes os vestígios do que restou das antigas edificações rurais, como o espigueiro e o lagar de azeite.

Carregue na galeria e conheça alguns dos locais deste espaço emblemático de Coimbra.

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