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A nova marca de roupa de alta costura com looks irreverentes e livres de preconceitos

O objetivo de Tomás é criar um espaço "seguro" onde pode escolher a peça que mais se identifica, sempre com um toque mais arrojado.
Tomás Almeida, o jovem de 23 anos que acabou de lançar a marca.

A moda surgiu na vida de Tomás Almeida de uma forma bastante natural e gradual. Desde pequeno que o jovem natural de Cantanhede, agora com 23 anos, se viu rodeado de agulhas e tecidos da avó materna, a sua principal influência nesta fase. Quando cresceu foi perdendo o contacto com a área, até que tudo mudou em 2017. Este foi o ano que lhe devolveu “o bichinho da costura”, entre as roupas de Carnaval e da escola de samba.

“Sempre gostei e continuo a gostar de muita coisa e, por isso, a moda nunca foi algo contínuo. Retomei o trabalho quando comecei a produzir os figurinos, quer na ginástica como na escola de samba, que voltou a fazer sentido para mim. Além disso, todos os anos pediam-me para fazer as roupas para o desfile do Carnaval”, começa por contar à New in Coimbra.

Entre avanços e recuos, o jovem acabou por concluir a licenciatura em Agricultura Biológica no Instituto Politécnico de Coimbra durante a pandemia. Apesar de a natureza ser uma das suas grandes paixões, rapidamente percebeu que não queria fazer dessa a sua profissão, mantendo-a apenas como hobby. Foi entre 2020 e 2021, que decidiu começar a fazer a própria roupa, sem qualquer intenção de vender as peças. Todo este processo era documentado nas redes sociais e, em pouco tempo, começaram a chover pedidos.

Este mês de dezembro, decidiu dar o próximo passo e inaugurar a marca e o atelier próprio: a SSancho. Além destas novidades está disponível a primeira coleção primavera/verão 2024, que desfilou no passado fim de semana, dia 9 de dezembro.

“A Câmara Municipal de Cantanhede já sabia que tinha este gosto e por isso falaram comigo para ajudar na organização de um desfile de roupa regional. O que ainda não sabiam é que já me preparava para lançar uma coleção, por isso juntámos o útil ao agradável e, além de organizar, também desfilei”, explica.

 
 
 
 
 
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Assim nasceu oficialmente a SSancho, uma marca que procura marcar a diferença na indústria da moda. “O conceito enquadra-se na vertente de peças de alta-costura e, apesar de não serem exclusivamente peças do dia a dia, são ideais para ocasiões especiais. Costumo dizer que é uma mistura de street style com alta-costura”.

A primeira coleção acaba então por integrar diversas técnicas como, por exemplo, o bordado ou pedraria, ou seja, produtos que não podem ser fabricados em massa ou por máquinas. Esta técnica acaba por demorar mais tempo até ficar completamente terminada. À NiC, o jovem sublinhou que estas características de confeção 100 por cento artesanal estão mais associadas à vertente do espetáculo. A prova disso é que Tomás já está a receber diversos pedidos, quer para produzir peças particulares para videoclipes, por exemplo, como para figurinos usados em palco.

Aqui não vai encontrar artigos de mulher, nem de homem, uma vez que foram todos desenhados para serem vestidos por ambos os sexos. “Não pretendo instruir ninguém, só quero criar um espaço onde cada um pode escolher o que quiser sem impor estilos”, explica.

“Para esta primeira coleção optei por misturar dois tipos de peças: as de comunicação para chamar a atenção nas redes sociais e criar o sentimento de desejo, e as peças vendáveis direcionadas para o público geral”. Os preços começam nos 53€ e podem chegar aos 480€. Relativamente às peças exclusivas e personalizáveis, não existe um limite máximo nem mínimo. Ainda assim, para ficar com uma ideia, o artigo mais caro da coleção ronda os três mil euros e conta com 250 horas de trabalho manual investido.

Se ficou curioso, carregue na galeria para conhecer a primeira coleção da marca SSancho, sediada em Cantanhede.

 

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