A ligação com o mundo das flores sempre existiu para Joana França, apesar de nunca ter pensado ser florista. O percurso profissional começou há 16 anos, na área comercial de uma empresa. No entanto, há cerca de três anos, decidiu juntar essa experiência à paixão por flores e abrir um projeto próprio.
Para percebermos esta mudança, temos de recuar até essa altura, quando Joana foi contratada para tratar da burocracia de uma florista em Coimbra. Entre a organização da papelada do espaço, acabou por começar a ajudar a proprietária a fazer arranjos florais. Foi uma tarefa que começou primeiro como um apoio, numa época de mais clientes, e acabou a ser o empurrão que precisava.
“Estava disposta a trabalhar e aprender. Era necessário dar resposta aos clientes e coloquei mãos à obra, no início de uma forma um pouco tímida, mas descobri que, efetivamente, tinha algum jeito”, explica Joana, de 41 anos, que começou a sonhar em mudar de carreira. “No local onde estava a situação alterou-se e imediatamente pensei em criar o meu próprio negócio, com as caraterísticas e conceito que queria”, diz à NiC.
A ideia de Joana era criar um novo conceito de florista, que fugisse aos arranjos tradicionais que estamos habituais a ver. “Quero ser um espaço aberto à comunidade, onde tudo pode ser personalizado pelo cliente e feito à medida de cada um”, garante. Essa foi a premissa que a empreendedora trouxe para o seu projeto.
O estúdio de arte floral, Lavanda e Jasmim, abriu no dia 11 de janeiro, em Coimbra, cidade onde nasceu e de onde nunca saiu. O nome surgiu porque Joana queria algo que estivesse ligado ao mundo das flores. “Começámos a pensar plantas que tivessem um bom nome e chegámos à Lavanda e Jasmim, que curiosamente acabam por refletir a minha personalidade e a do meu marido, uma vez que ambos estamos envolvidos no projeto”, refere.
O estúdio possui 30 metros quadrados e toda a decoração foi criada pelo casal, desde os arranjos ao balcão. Esteve em obras durante três meses. “Foi amor à primeira vista. Queria um local pequeno que desse para atender clientes, como também trabalhar, e este tem tudo isso”, sublinha.

Um dos pontos distintos do espaço é que nada ali é pré-feito. Todos os arranjos florais são criados na hora, ao gosto do cliente. “Todo o processo é personalizado. Procuro saber se tem alguma inspiração, que flores mais gosta, as cores favoritas e para que ocasião será”, explica Joana. Assim, todos os ramos e arranjos saem frescos da loja e o cliente pode personalizar o pedido para oferecer a alguém especial.
“Na realidade é possível fazer de tudo com flores, como uma saia para o manequim da loja, que fica na montra, ou reutilizar galochas com flores secas”. A sustentabilidade é um dos pilares do estúdio, uma vez que tem uma politica de aproximação zero plástico e materiais poluentes.
“A verdade é as floristas acabam por contribuir para o desgaste do ambiente e por isso procuro minimizar esse impacto”, diz. Joana substituiu o plástico por bases de cerâmica ou madeira, e nos buquês opta por materiais como marrafa ou papel.
No estúdio há várias formas de proceder com os pedidos. O cliente pode, por exemplo, dar um orçamento de 20€ e Joana cria um arranjo com esse valor. Por outro lado, também pode mostrar inspirações e dizer que materiais quer ver no seu arranjo, que Joana cria um orçamento para o projeto. O preço varia de acordo com o resultado final. Isto pode ser feito presencialmente ou pelas redes sociais.
Carregue na galeria para conhecer o novo estúdio de flores em Coimbra.