Se decidir assistir a um desfile de moda de uma coleção de inverno, é certo que os seus olhos vão estar postos nos casacos. São a peça estrela da estação fria e têm o poder de construir ou sabotar um look. E, se fizer dessa prática um hábito sazonal, vai começar a reparar que há modelos tão icónicos que aparecem na passarela, sem falta, todos os anos.
Um casaco é um investimento, por isso, seguir tendências para se agasalhar é sempre um risco. Daqui a uns meses, a escolha pode não ter o mesmo impacto. O exemplo mais claro de uma proposta que resiste ao teste do tempo é uma presença que não falha nas apresentações da Max Mara. Falamos do icónico sobretudo camel, cujo conforto e aconchego o tornaram num marco da história da moda.
Criada sob a alçada da insígnia italiana, em 1981, por Anne-Marie Beretta, tornou-se numa das peças mais desejadas do universo feminino. Podemos afirmar que o modelo está para a Max Mara, como a carteira Birkin está para a Hermès, por exemplo. O original, que ficou conhecido pelo nome “101801” — devido ao ano em que surgiu — tem um formato quase semelhante a um roupão e continua a ser o bestseller da empresa.
Não importa o estilo individual ou a idade. Este casaco é uma escolha unânime e prova disso são os nomes que não se cansam de apostar neste símbolo da elegância italiana. De Gigi Hadid e Alexa Chung a Meghan Markle, Meryl Streep ou Blake Lively, o verdadeiro desafio é apontar um nome conhecido pelo grande público que ainda não tenha sido visto com este ícone.
Apesar de o original se manter, ano após ano, outros modelos vêm sendo experimentados pela casa italiana, com resultados bem sucedidos. É o caso do modelo Bear, introduzido em 2013, com um design semelhante a um cobertor e ideal para países onde as temperaturas frias cortam a respiração. Uma versão mais desconstruída surgiu pouco depois, com o Cardigan Coat e, para quem se quer sentir uma estrela de cinema, tem o The New Duffle.
O sobretudo de lã e caxemira tornou-se num dos produtos mais copiados no mercado. Dificilmente vai encontrar uma retalhista low cost que não tenha uma réplica do conhecido casaco. E, por mais que a ideia de agarrar uma criação verdadeira seja apetecível, os valores, que gravitam em torno dos quatro dígitos, afastam-nos logo da ideia. Por isso, para a maior parte dos portugueses, estas reinterpretações cumprem com a sua função.
Ainda este ano, a etiqueta italiana escolheu os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, para apresentar uma coleção. No mês de junho, a gigante da moda colocou as modelos a desfilar num dos cenários mais idílicos da cidade para apreciar as novas propostas da etiqueta. Sem grande surpresa, o desfile abriu com o icónico sobretudo camel da marca, mas rapidamente passou por outras silhuetas elegantes em tons de preto e bege. A herança da Max Mara, desenvolvida pela atual diretora criativa, Maria Giulia Maramotti, foi aliada às raízes portuguesas.
Das propostas atuais da Max Mara às muitas recriações das lojas de fast fashion, carregue na galeria e descubra os modelos que vai querer ter no seu guarda-roupa para este inverno. E, claro, para todos os outros.