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A cafeína deve estar na lista de ingredientes do seu creme de olhos — saiba porquê

É das zonas mais sensíveis do rosto e nem sempre lhe damos a devida importância. A substância pode ser indispensável.
A solução está numa substância muito comum.

O cansaço reflete-se imediatamente no nosso rosto, especialmente no olhar. Há quem tenha naturalmente algumas olheiras, mas muitas vezes elas são mais evidentes por falta de descanso, má alimentação ou por darmos pouca atenção à zona do contorno dos olhos. Os fatores variam, mas é certo que esta é uma das primeiras áreas a serem afetadas.

Nessa parte do rosto, a espessura cutânea é mais reduzida, não contendo células adiposas, o que lhe dá logo à partida uma menor resistência subcutânea. “A pele é muito fina, flácida e sensível, então é normal que sofra com os primeiros sinais de envelhecimento”, explica à NiT a dermatologista Ana Moreira, da clínica Allure, no Porto.

Se está à procura de um truque infalível, temos más notícias. Infelizmente, não há uma mezinha milagrosa para se livrar das duas manchas escuras com as quais muita gente acorda. O que existe, porém, são fórmulas que ajudam a reduzir estes problemas: a cafeína é um dos ingredientes mais valorizados neste sentido.

Afinal, quais são as vantagens?

Embora reconheça que “é uma zona muito difícil de trabalhar”, a especialista afirma que, em termos vasculares, “a substância tem uma ação reparadora e ativa a microcirculação sanguínea e linfática”, ou seja, melhora as olheiras de aparência vascular.

Além disso, tal como a vitamina C, tem uma ação antioxidante. Por isso, “combate a produção da pele de radicais livres”, que geralmente estão na origem da formação de rugas, linhas de expressão e outros sinais de envelhecimento.

Convém ainda perceber que a eficácia aumenta quando a cafeína é combinada com outros ingredientes ativos. Como a substância “tem que ter um veículo para poder ser aplicado na pele”, muitas vezes é acrescentado ácido hialurónico.

A molécula é aplicada topicamente com uma função de hidratação, ou seja, a associação passa a ter uma dupla ação, além da ativação da circulação. De acordo com Ana, “dois ativos acabam por se potenciar”.

“Em termos de inchaço, nos papos, poderá haver uma melhoria discreta. Mas sem ser demasiado otimista, porque é um cuidado local”, acrescenta sobre outra das principais preocupações.

Os cuidados a ter

Apesar de tudo isto, há que saber usar estes produtos. Estes cremes direcionados para os olhos são geralmente mais pequenos, o que indica que deve ser usada apenas uma pequena quantidade.

Outra preocupação, alerta a dermatologista, passa por perceber o tipo de pele que temos. Se for mais oleosa, deve-se apostar num produto em gel, visto que bálsamos e cremes aumentam a oleosidade. No caso de uma pele mais seca, “precisamos de cremes para dar conforto”.

Para um resultado mais rápido, deverão ser aplicados de manhã e à noite. E a melhor forma de o fazer, é com o dedo anelar, suavemente, com leves toques. No final, aconselha-se uma passagem com os dedos indicador, médio e anelar, como se estivesse a tocar piano.

“Sendo um produto próprio para os olhos, e tendo sido testado, não vão existir quaisquer efeitos negativos”, conclui. “Se resultar em comichão ou ficar vermelha, podemos estar perante uma eczema ou irritação própria da pessoa.”

Aproveite e carregue na galeria para descobrir alguns produtos no mercado que contêm esta substância.

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