Depois de dois anos marcados pela pandemia, o regresso à normalidade (e às ruas) foi animador para a moda. No entanto, continuámos a assistir a cenários atípicos, como a invasão russa à Ucrânia, logo no mês de fevereiro. Apesar do conflito ter levado centenas de marcas a abandonar o país de leste, um dos seus principais mercados, e ter gerado carência de matérias-primas, a verdade é que a indústria não parou.
O adjetivo que melhor descreve o estilo adotado ao longo dos últimos 12 meses é, sem dúvida, revivalista. Sabemos que a moda é cíclica, logo as tendências passadas são repescadas por um forte sentimento de nostalgia e enquadradas no zeitgeist. No entanto, há muito que não se assistia a um sentimento de dejá vu tão forte como para quem viveu nos anos 2000. Foi uma viagem no tempo incontornável.
Seja pelo regresso à década ou pela vontade de nos libertarmos de resquícios dos hábitos. que ganhámos durante os longos confinamentos, também foi um ano libertador. O corpo voltou a ter destaque, tanto pela pele à mostra e pelas bainhas subidas — algo visto nas saias exageradamente curtas da Miu Miu —, como pelas peças justas que contornaram a nossa silhueta este ano.
O mundo do cinema e da televisão também continuaram a influenciar o nosso gosto, tanto como as passarelas. Por vezes, até mais. O fenómeno não é novo, queremos ser como os heróis que vemos no pequeno e no grande ecrã. Na era do streaming, com produções a atingirem números inacreditáveis, as personagens ajudaram a moldar o nosso guarda-roupa. Recorde-se, por exemplo, o sucesso de “Bridgerton”.
A NiC decidiu eleger aquelas que foram as 10 peças de roupa que mais marcaram 2022, das que foram um trending topic em todas as redes sociais às que invadiram as ruas portuguesas. Carregue na galeria para conhecer a seleção e fazer uma retrospetiva do ano.