Tudo começou quando Leonor e Luísa Godinho procuravam uma presente de aniversário para uma amiga em comum. Como não encontravam nada que gostassem, compraram um kit pré-feito com instruções para criar uns brincos personalizados. “Adorámos a experiência ao ponto de querermos repetir”, explica Leonor de 24 anos.
Para dar esse passo, adquiriram os primeiros materiais de qualidade e pensaram num design. Dessa primeira experiência nasceram os brincos Delilah, umas flores feitas de missangas e arame moldável. “Foram um verdadeiro sucesso entre amigos e família. Queríamos ver como ficaria o resultado final e entender se teríamos procura, que felizmente tivemos. No início, foi muito na base do passa palavra até chegarmos a potenciais clientes”, acrescenta.
As irmãs sempre contaram com o apoio da família, principalmente da mãe que as incentivou a criar peças à mão e apostar na criatividade. “Foi, sem dúvida, a peça fundamental para termos seguido em frente. Sempre tivemos o sonho de criar algo nosso”, explica.
As duas jovens sempre conciliaram os estudos com este projeto. Leonor licenciou-se em Marketing e encontra-se a trabalhar atualmente na área. Luísa, de 20 anos, apostou no Design Gráfico e ainda está a estudar. “Escolhemos áreas que se complementam. No nosso caso, trabalho toda a parte criativa da marca enquanto o branding e a concretização é da Luísa”.
A Klere nasceu em novembro de 2022. O nome é de origem havaiana e significa brilho. As irmãs identificam com a cultura desta zona por apostar na leveza e em cores vibrantes. “Sempre fizemos questão de estar juntas e esta relação é um dos pontos de nos diferencia. Duas irmãs criativas que complementam cada competência, o que faz com que a marca tenha a própria essência”, explica.
A marca é presença assídua nos maiores mercados nacionais, algo que começou com influência da tia florista Delfina. Em Coimbra, o percurso começou há apenas duas edições. “Temos sido muito bem recebidas e a população dá muito valor ao artesanato e tem muita curiosidade sobre a forma como as peças são produzidas. É uma experiência a repetir, sempre que conseguirmos”, salienta. A Klere já está confirmada na edição de outubro do Coimbra Hype Market.
Todas as peças apresentadas são exclusivas e únicas, uma vez que a Klere não possui coleções para determinadas estações do ano. “Não gostamos de reproduzir em grande quantidade, porque consideramos fundamental trabalhar a criatividade da melhor forma possível e que nos limite menos”, afirma. Por isso, cada peça é replicada, no máximo, dez vezes.
O segundo fator diferenciador e “bastante elogiado” são as personalizações. Nas bancas das feiras, todos os clientes podem criar ou modificar o modelo a seu gosto. “Pode escolher através dos pendentes e adicionar o que quiser, como também alterar detalhes ou cores das peças já existentes. É tudo feito na hora”, explica.
O processo de produção demora cerca de 40 minutos a estar concluído. No entanto, antes de seguir para os clientes, todos os produtos são testados antes. “Se estivermos a trabalhar com materiais diferentes, fazemos sempre uma peça para testarmos e compreender se tem as características que procuramos”, salienta.
Os preços rondam entre os 9€ e os 35€, dependendo do tipo de pedras ou materiais. Já os pendentes personalizáveis custam entre 1€ e 3,5€ e as correntes são 9€.
Carregue na galeria para conhecer o trabalho das irmãs Leonor e Luísa.