Embora simples, o vestido preto tornou-se um símbolo importante para qualquer apaixonado pelo mundo da moda. Antes do fenómeno “Wednesday” ter chegado à Netflix, com a personagem de Jenna Ortega a catapultar o interesse pelos looks all black, o visual já se encontrava num patamar em que não sai de moda. “Com um vestido preto, nunca me comprometo”. A expressão popularizada pela atriz Ivone Silva, sobre a cor mais democrática do guarda-roupa, continua a fazer sentido. E, durante a maior parte do ano, muitas pessoas usam-na como lema.
Por isso, chegada a quadra festiva, no meio de muitos tons de vermelho, verde, dourado e prateado, há quem goste de fugir da previsibilidade. O motivo destas propostas funcionarem tão bem é que, tendo como base o tecido noir, as marcas podem criar os coordenados mais extravagantes ou, por outro lado, seguir uma direção mais minimalista. Sem optar por uma paleta de cores demasiado vibrante, que não agradam a todos, pode continuar a ser a estrela de qualquer festa de final de ano — ou passar despercebida, se for essa a intenção.
Tudo começou com o icónico little black dress, criado por Hubert de Givenchy, que se multiplicou em inúmeras silhuetas e materiais muito distintos. Em “Breakfast at Tiffany’s”, a atriz Audrey Hepburn levou o modelo intemporal para um novo patamar, tornando-o num objeto de desejo de mulheres por todo o mundo, após surgir com um vestido tão irreverente quanto atrativo. Falamos de uma peça que assumiu diversas formas ao longo da história e que é associada a vários momentos memoráveis, da televisão ao cinema, sem esquecer a vida real.
Além do filme, ao qual muitas pessoas assistem nesta altura do ano, também a princesa Diana contribuiu para a hegemonia do vestido preto. Quando o atual rei Carlos III assumiu, perante o Reino Unido e o mundo, que traía a sua mulher com a eterna amante, Camila Parker Bowles, Lady Di fez história. Nesse mesmo dia, em 1994, em vez de cancelar a presença num evento de angariação de fundos da “Vanity Fair”, Diana apareceu — e foi mais bonita, irreverente e sexy do que nunca. O coordenado ficou conhecido como “revenge dress” e era curto, decotado, sem ombros, tudo o que um membro da casa real supostamente não usaria.
O “little” do termo transformou-se, ao longo dos anos, em propostas de vários comprimentos e com muitas modelagens e onde não faltam acrescentos extra. Neste momento, as peças de festa contam com as plumas, uma das principais tendências da estação, lantejoulas, recortes, franjas e transparências. O minimalismo não foi descartado, afinal, ainda existem muitas pessoas que primam pela discrição seja qual for o evento. Para elas, os detalhes são menos gritantes e passam pelos drapeados, a textura canelada e pela escolha dos materiais.
Carregue na galeria para conhecer a seleção da NiT de vestidos pretos ideais para as festas que se aproximam, de vários estilos, marcas e preços. Alguns são mais extravagantes, outros mais discretos — a escolha é sua.