Nos últimos três anos, tomar o pequeno-almoço em casa tem ficado cada vez mais caro, sobretudo por causa do preço do café torrado moído, que aumentou cerca de 27 por cento. A 5 de janeiro de 2022, uma embalagem de 250 gramas custava 2,99€, mas esse valor tem vindo a subir. Em 2024, o preço médio fixou-se nos 3,41€, e em 2025 já atingiu os 3,61€, revela a DECO.
O aumento foi especialmente acentuado em 2023, com uma subida de 13,36 por cento entre o início de 2023 e 2024, seguida por um crescimento de 4,79 por cento entre 2024 e 2025. No final de setembro de 2024, o valor chegou aos 3,99€, um aumento de 9,68 por cento face ao início desse ano.
Só na última semana, o café torrado moído subiu 19 por cento, aumentando 0,99€, de 2,96€ para 3,95€. Esta escalada nos preços deve-se a fatores como a escassez de grãos e das matérias-primas essenciais para a sua produção.
Os dados fazem parte do acompanhamento da DECO PROTeste ao cabaz de 63 produtos alimentares essenciais, cujo preço subiu 1,49€ na última semana, fixando-se agora nos 238€.
A perna de peru foi o produto que registou o maior aumento, com uma subida de 1,55€. O azeite também não escapou à tendência e, só na última semana, aumentou 16 por cento. Desde abril de 2023, o seu preço tem vindo a crescer de forma significativa, tornando-se um dos produtos mais afetados pela inflação.
Outro destaque vai para o salmão, que desde o início de 2025 subiu 16 por cento. A DECO PROTeste não aponta um motivo específico para a escalada do preço, mas refere fatores como a escassez de oferta e o aumento dos custos de produção.
Comparando com a semana anterior, a variação do preço do cabaz alimentar foi de 63 por cento face ao valor registado a 26 de fevereiro. Desde o início do ano, a subida já atinge 1,83€ (77 por cento).
O cenário torna-se ainda mais preocupante quando se comparam os valores atuais com os preços praticados antes da guerra na Ucrânia. Desde janeiro de 2022, o preço do cabaz alimentar essencial aumentou 50,3€, uma subida de 26,8 por cento.
Este cabaz inclui seis categorias: carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe. Entre os produtos analisados estão bens de consumo diário como café, peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja e arroz.