Fundado em 1975, o Troika, na Rua Tenente Valadim, junto à Praça da República, em Coimbra, tem sido ao longo dos anos um lugar de convívio de várias gerações. Começou por ser uma mercearia, passou para sorveteria e depois um restaurante. Abriu a 3 de janeiro deste ano, com um novo conceito. O nome é o mesmo, mas só isso.
O edifício sofreu grandes obras de remodelação durante um ano e o interior do restaurante está completamente diferente, com um ar sóbrio, descontraído e confortável. Propício a bons momentos, à mesa ou ao balcão, para petiscar, comer uma boa refeição, ou apanhar uma focaccia para levar.
“Queremos oferecer à cidade o conceito de honest food e de cozinha de proximidade. Utilizamos os melhores produtos locais para fazer comida saborosa, diferente”, explica à New in Coimbra o chef Diogo Amaral, 37 anos. “Mantivemos o nome e a data de fundação porque achamos que este espaço é um lugar de culto, faz parte da cidade”, acrescenta o sócio-gerente, formado na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, e que já passou por vários restaurantes da cidade. Esteve também em casas em São João da Madeira e em Barcelona, mas, depois de há seis anos ter sido pai, decidiu “assentar” na sua cidade natal.
“A nossa intenção é que as pessoas possam vir comer a qualquer hora do dia. Estamos abertos das 10 às duas da manhã. Temos comida rápida e saborosa, num conceito not fancy, but tasty”, explica Diogo, que abriu o negócio em parceria com Ricardo Rego, 45 anos, e Carlos Anacleto, de 64.
A carta, que vai ter novidades todas as semanas, é a prova de que “comida boa não tem de ser cara”. Os petiscos, com 15 sugestões, estão em grande maioria e na lista destacam-se as “pipocas” de frango (7,50€). “São feitas com uma mistura de farinhas, que leva farinha de milho, que explode como uma pipoca”. São servidas em baldes como no cinema, o que torna a experiência mais divertida. Em breve sairão os lollipops também de frango.
O bao de rabo de boi (6€, duas unidades), os croquetes de alheira com crumble de amendoim (3,50€, três unidades) e os tacos de camarão (7,50€) também fazem parte das tapas, assim como a clássica bifana (4,50€), o prego (5,50€), os ovos rotos à Troika (7€) ou as tábuas (mista 12,50€; de enchidos 8,50€; de queijos 10€).
“Vamos ao Mercado [Municipal] e trazemos o que há, fresco. O que vamos fazer é trabalhar os produtos de cá, mas com novos sabores, porque a cozinha é tão vasta que nos dá inúmeras possibilidades”, garante Diogo Amaral.
Como prato principal, pode provar bife com molho à escolha (12€), prego no prato (11€), bitoque (10€) e naco com molho chimichurri (17€). De peixe, há por enquanto duas opções: bacalhau à Brás (9€) e Wellington de salmão (15,50€).
Há também um menu para os mais novos, com bife grelhado de frango (7€) ou de vaca (8€). O prato vegetariano (9€) é feito com base numa sugestão do chef. “Gosto que as pessoas sejam surpreendidas. Vamos funcionar com cozinha de aproximação. Eu venho à mesa, tento perceber se a pessoa tem abertura para explicar o que quer, o que gosta, se aceita a minha sugestão. É a empatia que faz a restauração e isso faz falta”, comenta o responsável, com o conhecimento de quem está na área há mais de 15 anos.
Para quem procura alguma coisa mais rápida e portátil, o Troika tem uma generosa carta de foccacias. Há a de frango, a serrana, a de salmão e a vegetariana, com preços entre os 7,50€ e os 9€, todas incluem chips de batata doce. Para sobremesa, o chef recomenda a mousse de chocolate com suspiro de gengibre (3,50€) ou o New York cheesecake (4€), há ainda brownie (4€), leite creme (3,50€ e cheesecake de matcha (4€).
À semana o Troika serve diárias, a 10€, que incluem pão, prato principal, bebida e café. “À terça-feira é sempre dia de peixe, porque vem fresquinho e então nesse dia só temos peixe. À quarta a opção é de carne e assim sucessivamente”, explica Diogo Amaral.
As cervejas, algumas artesanais, têm um lugar de destaque no restaurante que serve “beertails”. Os cocktails de cerveja, do Tango ao Panaché, têm preços entre 1,50€ e 3,20€. Há cerveja à pressão (Inedit, Estrela Damm e Bock Damm) e vinhos de todas as regiões do País.
O novo Troika tem 36 lugares, 12 dos quais ao balcão que pretende ser um espaço de experimentação e partilha. Carregue na galeria e conheça este novo espaço.