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Os leitores decidiram: este é o melhor bolo-rei de Coimbra

O vencedor conquistou 41,40 por cento dos votos que foram distribuídos por seis pastelarias da cidade.
Os leitores escolheram.

O assunto é sério. Escolher o melhor bolo-rei da cidade não é tarefa fácil, até porque este é um doce de Natal presente em todas as mesas, seja por que é realmente apreciado, seja pela cor que dá ou simplesmente por ser tradição. Por isso, deixámos a árdua missão para os leitores da New in Coimbra e o veredicto já foi declarado.

A votação decorreu entre 4 a 13 de dezembro e os leitores elegeram o seu favorito de entre uma pré-seleção, feita pela NiC, de seis pastelarias de Coimbra: Briosa, Moinho Velho, Penta, Vasco da Gama, Vénus e Visconde.

O público é soberano e a escolha foi renhida, mas o vencedor acabou por conquistar 41,40 por cento dos votos não deixando margem para dúvidas. Segundo os leitores da New in Coimbra, é na Pastelaria Vénus que pode ser encontrado o melhor bolo-rei da cidade. 

O segundo lugar foi atribuído à Pastelaria Briosa, que alcançou 31,22 por cento dos votos. O terceiro lugar do pódio foi para a Pastelaria Moinho Velho, que conquistou 17,20 por cento.

Surpreendido, Luís Gonçalves, gerente da Vénus, reagiu com grande orgulho. “Sabemos que temos um produto bom, tentamos que tudo o que fazemos seja o melhor possível”, disse à NiC, confessando que o reconhecimento “é bom para a moral da equipa”.

O segredo? Luís, 36 anos, que praticamente nasceu na pastelaria, acredita que está na “qualidade das matérias-primas e nas mãos de quem faz”. Além disso, diz, “tentamos não inventar muito porque este é um doce tradicional, temos outros bolos, com inovação, mas no bolo-rei não mexemos muito para não estragar a receita”. 

O bolo-rei é uma sobremesa de Natal bonita, que faz parte de todas as consoadas. Na Vénus começa a ser vendido em finais de novembro e fica “até os clientes quererem”. 

Em Coimbra, a Vénus é uma instituição. Abriu as portas em 1989, pela mão de Manuel Ferreira, pai de Luís Gonçalves, quando chegou da Venezuela onde esteve emigrado vários anos. Atualmente, a casa é gerida pelos dois e ainda por Isidro e David Ferreira, tio e primo, respetivamente de Luís. 

“Na altura diziam ao meu pai: é louco, uma casa tão grande nunca vai encher”, revela o empresário. A verdade é que passadas mais de três décadas, ainda há dias com fila à porta da Vénus. “A minha mãe nunca deixava dizer que não a um cliente, se havia alguém a pedir um cachorro, ela arranjava maneira de comprar salsichas e servíamos o cachorro”, conta, acreditando que nessa persistência está um dos segredos da casa. 

Muitos dos negócios de sucesso da panificação em Coimbra estão nas mãos da família Ferreira. São exemplos a pastelaria Arco-iris, a Penta e o Moinho Velho. “Os meus tios foram regressando da Venezuela e abrindo os seus negócios na cidade”, explica Luís. 

Atualmente, a Vénus tem 41 funcionários, alguns que se mantêm desde a primeira hora. “São a coisa mais valiosa que temos”, assegura o responsável. O espaço, pelo qual já passaram várias gerações de clientes, é local de encontro de muitos sobretudo para lanches. “Às vezes vêm cá casais que trazem os netos e são clientes desde os tempos em que namoravam. Também é muito engraçado ver pessoas que foram estudar ou viver para fora e na altura das férias, quando regressam, encontram-se sempre na Vénus com os amigos”, descreve.

“Não temos um produto bandeira. Para o Natal temos de tudo um pouco, desde bolinhos de abóbora, sonhos, rabanadas, coscorões, bolo-rainha, broinhas, lampreia de ovos… No resto do ano, vendemos muito bem o bolo Floresta Negra, mas também o de noz com doce de ovos, nos salgados as pessoas gostam muito dos rissóis de camarão”, afirma. 

Se quiser ter um bolo da Vénus na sua Consoada, saiba que as encomendas têm de ser feitas até ao dia 22 de dezembro e que podem ser levantadas até às 19 horas do dia 24. 

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