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Olaias: o restaurante da Figueira da Foz que faz parte do novo Guia Michelin

Esta terça-feira, o espaço passou oficialmente a integrar a lista Bib Gourmand, que distingue as cozinhas com a melhor relação qualidade-preço do País.
Um espaço imperdível em Coimbra.

O famoso Olaias, da chef Mónica Gomes, acaba de entrar para a lista exclusiva Bib Gourmand, do novo Guia Michelin, que distingue os restaurantes com a melhor relação qualidade-preço do País.  “Estamos muito contentes, é o culminar de um trabalho que temos desenvolvido ao longo dos anos. Além de ser ótimo para nós, é fantástico quer para a cidade como para todo o distrito de Coimbra, já que existem poucos espaços com esta distinção”, salienta Mónica Gomes, à New in Coimbra.

A chef de 38 anos, natural de Tábua, no distrito de Coimbra, acrescenta: “A nossa trajetória vai-se manter, com a mesma proposta, sempre focados na qualidade dos pratos e na satisfação dos clientes”.

Esta distinção especial foi atribuída na primeira Gala Michelin em Portugal, que decorreu na terça-feira, dia 27 de fevereiro, no NAU Salgados Palace & Congress Center, em Albufeira. O evento é conhecido por distinguir os melhores restaurantes do País. Além do Olais, os inspetores do Guia Michelin destacaram outro restaurante de Coimbra, desta vez na categoria de Recomendações: O Palco, que fica mesmo na capital de distrito, sob orientação do chef Marco Almeida — tal como já tínhamos contado neste artigo.

A história do Olaias

A agitação da cozinha sempre esteve presente na vida de Mónica Gomes. Enquanto descascava batatas ou cortava legumes, quando era pequena, a tia gostava de lhe mostrar os maiores truques para os pratos que cozinhava todos os dias. “Aos poucos, comecei a desenvolver uma paixão muito própria pela cozinha e no estar à mesa com a família a conversar”, explica à New In Coimbra.

Apesar de adorar confecionar pratos, a vida encarregou-se de tomar o próprio rumo. Mónica acabou por se tornar professora de educação física durante alguns anos, até surgir a oportunidade de abrir o próprio negócio com o marido. Pedro Ferreira já tinha experiência em Gestão Hoteleira, por isso a escolha de abrir um restaurante foi bastante natural. Pelo menos para ele. Até àquele dia, Mónica nunca tinha gerido uma cozinha profissional.

“Começámos a procurar um espaço entre Condeixa-a-Nova e Tábua, de onde somos naturais, e encontrámos este espaço em concurso na Câmara Municipal da Figueira da Foz. Concorremos e o projeto acabou por ganhar”. Pouco meses depois, nasceu o Olaias, em maio de 2021, com a simples pretensão de ter boa comida, um ambiente tranquilo e ótimas opções de vinho.

O grande objetivo do casal era trazer um novo conceito à Figueira da Foz, que acreditavam que não existia na altura. “Somos apreciadores de estar à mesa com a família, a comer e a conversar durante horas e era exatamente isso que queríamos criar no Olaias”.

Por isso mesmo, o menu é composto por pratos de partilha, que estimulam a conversa e troca de ideia. “Só queríamos ser um espaço tranquilo, com uma boa ementa e carta de vinhos e claro, sempre com ótima companhia”.

 
 
 
 
 
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Outro dos pontos que caracterizam o Olaias é a preocupação em escolher produtores locais, que reduz a pegada de carbono dos alimentos. Além disso, em todos os pratos, é praticada a política de zero desperdícios, conseguido através do reaproveitamento dos ingredientes. “Tudo o que utilizamos acaba sempre por ter vários propósitos. Geralmente, são utilizados nos caldos, para dar ainda mais sabor aos pratos”, explica a chef.

Além disso, todo o pão que acompanha as refeições no restaurante é feito pelas mãos da chef Mónica. E, neste caso, ninguém bate o seu pão de massa mãe, também tradicional da região, com uma fermentação lenta, para lhe dar um sabor mais distinto.

A especialidade da casa é sem dúvida o arroz. “Cerca de 80 por cento da nossa carta é focada no arroz, que apesar de sermos grandes fãs, é um produto local e bastante versátil”. Assim se percebe porque é que o Caldoso de Peixe é o nome mais forte do Olaias. Esta receita é preparada com corvina, pregado ou garoupa, consoante do peixe disponível. O sabor é conferido pela confeção lenta à base de espinhas e cabeça, além das especiarias como a cúrcuma.

A carta pode ser considerada semi-aberta, já que algumas das opções existem durante todo o ano e outras dependem da sazonalidade dos produtos. De momento, nas couverts poderá encontrar a típica cesta de pão (2,8€) com manteiga (1,5€), alcaparrões (2€), patê de cavala (3€) e fuet (2€). Para entrada está disponível, croquetas de maçã e alheira (6€), tartelete de bacalhau (8€), ovos mexidos, miso e bonito (9€) e terrina de foie gras de pato, maçã e brioche (18€).

Nos pratos principais está o arroz carolino do Mondego caldoso de peixe (38€), açorda rica de gambas (18€), arroz carolino do Mondego no forno com polvo (45€) e ainda arroz carolino do Mondego caldoso de carabineiro (80€). Para terminar a refeição, nas sobremesas, há farófias e creme inglês (5€), tiramisu ao momento (6€) e pão de ló húmido e flor de sal (5€).

Além do arroz, o que nunca falta por aqui é vinho, com sugestões de quase todas as regiões do País. Dentro deste enorme catálogo, os fundadores destacam o vinho barbeito Rainwater de 5 anos (14€), barbeito velha reserva verdelho 10 anos (14€), Neeport Dry White (12€) e ainda, o andresen white port (12€).

Carregue na galeria para conhecer melhor o restaurante Olaias, o novo orgulho da gastronomia da Figueira da Foz..

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Centro de Artes e Espetáculos, Rua Abade Pedro
    3080-081 Figueira da Foz
  • HORÁRIO
  • Quarta-feira a sábado das 12h30 às 14h30 e das 19h30 às 21h30
  • Domingo das 12h30 às 15h00
PREÇO MÉDIO
Entre 10€ e 20€
TIPO DE COMIDA
tradicional

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