A cozinha não foi a primeira opção de Ricardo Perpétuo. Apesar de ser apaixonado por futebol, aos 19 anos, foi obrigado a deixar o sonho de se tornar jogador profissional. “Dividia o meu tempo entre estudos e trabalhos, por isso, deixei de conseguir treinar com a frequência que gostaria”, conta o proprietário de 33 anos.
O curso de cozinha foi uma das alternativas que o pai lhe apresentou na altura, já que Ricardo queria sair do ensino regular e ingressar na escola profissional. Nesses moldes, completou o 9.º ano e o ensino secundário. Mais tarde, continuou a formação académica com mais dois cursos, um em Coimbra e outro no Algarve. Desde então nunca deixou de trabalhar na área da restauração.
Ao longo do seu percurso de 16 anos, esteve cinco deles no Algarve, onde sente que aprendeu todas as bases essenciais para comandar uma cozinha e onde ganhou experiência em comida gourmet. Em Viseu, esteve dois anos e passou ainda pelo Porto durante cerca de um ano. Começou como cozinheiro, mas rapidamente cresceu e passou para chef de cozinha. Depois de todo esse tempo, Ricardo estava preparado para abrir o próprio negócio, desejo que teve de adiar por causa da pandemia e condições financeiras.
Garfo da Costa abriu no passado dia 10 de agosto, sábado, com o objetivo de trazer à Figueira da Foz o melhor que tem para oferecer: o peixe. “Ao longo da carreira, fui guardando diferentes referências e pontos que gostaria de manter caso abrisse o restaurante. Por isso, demorámos apenas cerca de um mês até abrirmos, porque grande parte dessa logística já estava pronta”, explica.
O Garfo da Costa é um restaurante familiar, gerido por amigos que Ricardo considera como família e as tarefas são todas articuladas pelos quatro. “Queria trazer a minha identidade para o espaço, criar um restaurante onde pudesse ser apenas eu”, reforça.
Uma das mais-valias é a sua localização privilegiada, mesmo em frente à praia. O conceito é simples: uma cozinha de autor onde a estrela dos pratos é o peixe fresco. “Temos especialidades tradicionais, mas sempre com um cunho pessoal”.
O objetivo é manter o pescado durante todo o ano com uma montra de peixe fresco para que os clientes possam escolher a sua ementa, que deverá estar disponível em outubro. É previsto que a carta vá sofrendo alterações conforme as estações do ano, com novas opções dependendo da época. Além disso, há um forte preocupação com o desperdício alimentar e o chef dá prioridade a produtos locais.
Nas entradas podemos encontrar amêijoa à Bulhão pato (16€), tártaro de vitela (14€), punheta de bacalhau com puré de azeitona e tomate seco (10€) e ainda camarão salteado com malagueta doce e gengibre (14€). Nos pratos de peixe há arroz de marisco para duas pessoas (36€), polvo à costa (17€), risotto de camarão (16€) ou ainda cataplana de peixe e marisco para duas pessoas (40€). Na carne há T-bone para duas pessoas (45€/quilo, magret de pato com molho laranja e rum (17€) e entrecôte maturado para duas pessoas (40€/500 gramas).
Também há pratos vegetarianos, como o risotto de cogumelos e aroma de trufa (15€) ou gnocchi de pesto com pinhões torrados (13€). Por fim, temos as sobremesas, a pavlova cítrica com curd de limão e frutos vermelhos (6€), tarte de amêndoa com gelado de baunilha (5€) ou cheesecake de caramelo salgado (4,5€).
Além da carta, para o almoço, pode esperar uma aposta nos menus diários por 12,5€. Poderá escolher entre o prato de carne, peixe ou vegetariano e café.
Carregue na galeria para conhecer os pratos do Garfo da Costa.