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O mais antigo restaurante em funcionamento na Figueira da Foz está de cara lavada

O Caçarola I existe desde 1976 e, no último ano, foi alvo de uma remodelação total. Reabriu no início de outubro.

O mais antigo restaurante ainda em funcionamento, da Figueira da Foz, reabriu a 3 de outubro. O Caçarola I, situado no número 65 da Rua Cândido dos Reis, na lateral do Casino, esteve fechado cerca de 10 meses para uma requalificação total.

O negócio nasceu de uma sociedade entre o casal Alcino e Maria da Graça Mortágua e Mário Esteves, irmão de Graça, em 1976. O sucesso levou os familiares a optar por abrir um segundo espaço com o mesmo nome.

Eventualmente, o facto de haver dois restaurantes para gerir, levou a que cada família ficasse com um dos Caçarola. Atualmente o Caçarola I é dirigido pelos seus fundadores, Alcino e Graça, que apesar da idade, 80 e 75 anos, ainda são o cérebro do negócio e fazem questão de estar por dentro de tudo o que se passa. “Este casal é uma força da natureza. É impressionante”, avança Jorge Mortágua, filho dos proprietários, em conversa com a NiC.

Jorge, de 53 anos, e a irmã, Sandra Mortágua, de 48, estão ambos envolvidos na gestão do restaurante, mas preferem ficar “no backoffice” e fazer a receção dos clientes. “Nós gostamos muito disto, mas também vamos tendo os nossos próprios projetos”, refere.

A intervenção no espaço já estava pensada há alguns anos, por volta da altura da pandemia, mas as obras só saíram do papel em 2024. A remodelação incluiu o aumento da cozinha, a construção de balneários para os colaboradores, e a renovação integral das salas. Esta foi a quarta intervenção de fundo desde a inauguração do restaurante, há quase 50 anos, e “teve um sabor mais especial”.

Os proprietários acabaram por adquirir todo o edifício e, assim, complementar o espaço de restauração com uma unidade hoteleira de duas estrelas, composta por 10 quartos, que terá o mesmo nome, Caçarola I. “É um complemento ao nosso estabelecimento. Fica perto da praia, ao lado do casino e vai fazer com que consigamos distinguir-nos dos nossos colegas de profissão”, reitera Jorge.

“Vai destacar ainda mais a nossa belíssima cidade. Temos tudo aqui, até uma das maiores avenidas do país e das maiores ondas da Europa e, portanto, o nosso hotel vai servir os nossos clientes, que vêm de todas as zonas do País”, conta. Ao contrário do restaurante, o hotel ainda não está terminado. No entanto, deverá ficar pronto entre fevereiro e março do próximo ano e, nessa altura, estará disponível para os clientes pernoitarem.

Enquanto as obras decorriam, a gerência apostou na formação dos funcionários, proporcionando-lhes vários cursos, em prol de um serviço de excelência no Caçarola I.

Apesar de ter “uma casa nova”, o projeto mantém-se fiel ao que sempre foi, “um espaço acolhedor que recebe todo o tipo de pessoas, desde quem vem à procura de petiscos, ao trabalhador que pede o prato do dia, e até ao cliente mais formal, que quer um prato de carne, peixe ou marisco bem elaborado. Esta versatilidade permite-nos criar um ambiente familiar, onde qualquer pessoa se sente bem e encontra a refeição que procura”, afirmam os proprietários. Da carta, Jorge destaca pratos como a massada de garoupa, o arroz de tamboril e o bife à casa.

Uma semana após a reabertura, o feedback dos clientes “não podia ser melhor”. “Nem anunciámos a reabertura. As pessoas é que iam passando e tirando fotos e depois postavam nas redes sociais, por ser numa zona muito central da cidade. Além disso, estivemos muito tempo parados, e os clientes já sentiam saudades, — e nós também”.

Relativamente ao futuro, as expectativas dos proprietários passam pela continuidade. “Queremos aprofundar aquilo que fomos construindo ao longo dos últimos 49 anos. Queremos sempre melhorar”, conclui.

O restaurante funciona quase todos os dias da semana, exceto à quarta-feira, entre o meio-dia e as 23 horas.

 

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