No novo restaurante de Montemor-o-Velho, as sopas são feitas à moda antiga

O Zé Ninguém abriu a 5 de agosto para homenagear o avô de Telmo Simões. Serve pratos tradicionalmente portugueses.
Para experimentar com a família.

O mundo da restauração sempre esteve muito presente na vida de Telmo Simões. Desde pequeno que viveu rodeado de tachos e panelas, uma vez que o seu padrinho foi proprietário do restaurante A Grelha durante 28 anos. Há uma década, o pai embarcou na mesma aventura com a Encosta de São Pedro, em Coimbra. “As gerações familiares passam sempre na cozinha”, começa por contar.

No seu longo percurso profissional, Telmo passou por vários espaços em Coimbra até decidir trabalhar no restaurante do pai durante dez anos, juntamente com a mulher, Bela Silva (44 anos). Bela licenciou-se em Serviço Social, mas como não se identificou com a área, aprendeu perto com o pai de Telmo e, hoje, é cozinheira.

“Sentimos que estava na altura de deixar a nossa marca pessoal. No restaurante dos meus pais, existiam sempre limitações e imposições naturais, daí termos decidido fundar o nosso espaço e dar-lhe uma identidade própria”, explica o proprietário de 39 anos. Esta ideia surgiu há alguns anos, no entanto, ainda não tinha existido a oportunidade da concretizar.

A juntar a esse sonho antigo, Telmo tinha um enorme desejo de homenagear o seu avô que morreu em 2018. “Ainda não sabia exatamente como, mas era algo que eventualmente iria acontecer”, sublinha. Por isso, assim que surgiu a oportunidade certa, Telmo não voltou a olhar para trás.

“Toda a localidade e os amigos mais próximos apelidaram o meu avô de Zé Ninguém e essa alcunha sempre fez parte da minha infância”, afirma. Nesse sentido, nasceu o restaurante Zé Ninguém, em Montemor-o-Velho, no dia 5 de agosto.

O Zé Ninguém fica no espaço do antigo restaurante A Grelha e, por isso, começaram por tentar separar os dois conceitos. “A primeira alteração foi feita nos menus de almoço”, começa por explicar. Foi então criado um menu por 12€ para tentar chegar a mais pessoas e ser económico. Os pratos disponíveis são sempre rotativos e servem apenas de segunda a sexta-feira até às 15 horas. O menu inclui entradas, prato principal, bebida e café, onde poderá encontrar pratos como cozido à portuguesa, arroz de pato ou raia à lagareiro.

Um dos pontos fortes do restaurante são as sopas. As receitas são antigas e têm passado por várias gerações. São propostas consistentes, que lembram a época em que o trabalho do campo era obrigatório e os trabalhadores precisavam de algo que os alimentasse durante todo o dia. Ao longo dos anos, as receitas foram aperfeiçoadas e, atualmente, são dos pratos mais procurados. Há desde sopas de legumes e feijão, de nabo ou até mesmo à lavrador.

O spot aposta em comida tradicional portuguesa e mantém a tradição dos grelhados a carvão. A maioria dos produtos utilizados possuem origens locais, como por exemplo, as batatas, couves, enguias e, claro, o arroz do Mondego, principalmente por ter maior qualidade.

O menu de jantar reflete isso mesmo. A nível de pratos principais, há espetada de lulas e gambas (16,5€), bife da vazia (14,5€), enguias fritas (20€), bacalhau à chef, ou seja, uma posta envolvida em ovo que depois é frito e é acompanhado com batata frita à rodela (14€), espetada de vitela da vazia com gambas (18,5€).

Todas as sobremesas são artesanais e feitas por Bela. Na carta destacam-se a mousse de chocolate (3,5€), pudim de ovo caseiro (3,5€), bolo de noz com bola de gelado (4,5€) e frutas laminadas (3€). Todos os pratos estão disponíveis em take-away. Cada dose custa 9€.

Carregue na galeria para conhecer o novo restaurante em Montemor-o-Velho, Zé Ninguém.

 
 

LOCALIZAÇÃO, CONTACTOS E HORÁRIOS

morada
  • Restaurante Zé Ninguém [ver mapa]
    R. Fernão Mendes Pinto 20
    3140-271 Montemor-o-Velho
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    Montemor-o-Velho